SEMANA LEWIS 2024: Relendo “Cristianismo Autêntico”

Fã de carteirinha de Lewis, Rilson Joás escreve: C. S. Lewis é definitivamente meu autor favorito. Conheci ele quando um dos amigos de meu pai lhe emprestou o DVD de ‘As crônicas de Nárnia: O leão, a feiticeira e o guarda-roupa’ (e sou grato por isso até hoje). Não vou fingir que entendi todo o simbolismo cristão na época (nem pretendo dizer que entendo tudo hoje). Mas lembro que aquele filme me fascinou de uma forma que nenhum outro havia conseguido antes, e poucos conseguiram depois. E quando conheci a parte alegórica da história fiquei ainda mais impressionado com o cuidado de Lewis no desenvolvimento daquele mundo.

Tive a honra, posteriormente, de ter acesso a dezenas de escritos de Lewis. Mas, ainda que cada um trouxesse algo diferente do outro, ‘Cristianismo puro e simples’ segue sendo o meu livro favorito de C. S. Lewis. E a explicação é simples: Lewis tinha domínio sobre vários assuntos, mas de alguma forma conseguiu incluir grande parte dos seus temas de interesse nesta série de programas de rádio, que viraram o livro que temos em mãos hoje.

      Para celebrar esse meu favoritismo com essa obra, escolhi 5 frases dela que mais me impactaram e que espero que sejam de algum proveito também para vocês.

“Todos queremos progresso, mas se você está no caminho errado, progresso significa dar uma reviravolta, retornando ao caminho certo; neste caso, o homem que mais cedo retorna é o que mais progride.”

Explico: Se você quer chegar de um ponto A a um ponto B, sempre haverá a maravilhosa possibilidade do progresso e a aterrorizante possibilidade de não saber por onde ir. Em nossa época, temos vários grupos políticos e sociais que advogam para si mesmo a fama de progressistas, mas que, ironicamente, afirmam que a verdade é relativa e que todos os caminhos chegam a B. Mas, como vai haver progresso se não existe uma estrada certa? No fim, é um ‘progresso’ para perdição. É melhor retornar ao caminho certo, só assim haverá um progresso de verdade.

“Meu argumento contra Deus era o de que o universo parecia injusto e cruel. No entanto, de onde eu tirava essa ideia de justo e injusto? Um homem não diz que uma linha é torta se não souber o que é uma linha reta. Com o que eu comparava o universo quando o chamava de injusto?”

Se há um ‘caminho certo’ de A até B, então, como achar ele e qual a sua origem? Lewis vai dedicar a primeira parte inteira do livro a este problema, até chegar no próprio Deus, fonte de toda bondade, verdade e beleza.
Por experiência própria, Lewis tinha alguma ideia do que era justiça, mas em Deus, ele conheceu o Justo Juiz. Ele tinha alguma ideia do que era bondade, mas em Deus, conheceu o Bom Pastor. Ele tinha alguma ideia do que era crueldade, mas em Deus, conheceu Aquele que se fez Servo Sofredor para fundar um Reino de alegria e paz, onde nenhuma crueldade poderia entrar. Lewis percebeu que sem Deus todas as explicações sobre a existência da bondade e da maldade são incompletas. “Quando Cristo foi crucificado, ele morreu por você, individualmente, como se você fosse o único homem na terra”.

“Imagine-se como uma casa, uma casa viva. Deus chega para reformar e reconstruir essa casa. No começo, talvez você consiga entender o que ele está fazendo. Ele desentope os ralos, conserta as goteiras do telhado, etc: você sabia que esses consertos eram necessários e por isso não se surpreende. Mas de repente ele começa a derrubar as paredes da casa; isso lhe causa uma dor terrível e aparentemente não tem sentido. O que ele pretende fazer? A explicação é que ele está construindo uma casa muito diferente da que você queria ser. Está construindo uma nova ala aqui, acrescentando um novo pavimento ali, erguendo torres, abrindo pátios. Você pensava que seria transformado num simpático chalezinho, mas ele está construindo um palácio no qual ele pretende habitar em pessoa.”

Deus está além do tempo e possui controle de tudo. E, ainda que tenhamos dificuldade de compreender o que ele está fazendo agora, seu propósito final é exposto nas Escrituras de forma clara: (re)formar ou redesenhar criaturas que ao final se pareçam com Ele, tornando-os “pequenos cristos”.

“Quanto mais tiramos do caminho aquilo que agora chamamos de ‘nós mesmos’ e deixamos que ele tome conta de nós, tanto mais nos tornamos aquilo que realmente somos. Ele é tão grande que milhões e milhões de ‘pequenos cristos’, todos diferentes, não serão suficientes para expressá-lo plenamente. Nesse sentido, nossos verdadeiros seres estão todos nele, esperando por nós. De nada vale procurar ‘ser eu mesmo’ sem ele”.

Nossa era tem nos pressionado frequentemente a sermos ‘nós mesmos’, mas o que isso quer dizer? Pela forma em que nossa sociedade coloca essa expressão, parece que devemos ‘ser nós mesmos’ ao deixarmos nossos desejos à solta e fazer o que nos der na telha, sem se importar muito com as consequências. Para Lewis, isso é apenas outra forma de escravidão e não vai nos fazer mais como nós deveríamos ser; na verdade, nos fará mais ‘iguais’ como os outros. Apenas ao estar em Cristo seremos mais como nós mesmos, porque só nEle cumpriremos o nosso propósito desde a eternidade: refletir fielmente a imagem de Deus, que fez cada um individualmente, e em quem cresceremos em amor e glória, para todo o sempre.

Cristianismo puro e simples’ , ou, como gosto de chamar pela segunda Edição da ABU, CRISTIANISMO AUTÊNTICO, é um livro que guarda muito mais pérolas como estas, algumas estonteantes até para cristãos, e é certamente um clássico para se guardar debaixo do travesseiro e reler regularmente.

 

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SEMANA LEWIS 2024: Dez coisas sobre Lewis

Clive Staples Lewis foi um dos autores cristãos mais conhecidos, amplamente lidos e frequentemente citados dos tempos modernos. Aqui estão oito coisas que você deveria saber sobre o autor e apologeta que foi chamado de “O apóstolo dos céticos”.

  1. Lewis é mais conhecido por sua saga de livros infantis, “As Crônicas de Nárnia”. Mas ele escreveu mais de 40 livros em diversos gêneros, incluindo poesia, romance alegórico, teologia popular, filosofia educacional, ficção científica, contos de fada, reconto de mitos, criticismo literário, cartas e autobiografia. Há quem diga que, somando-se os manuscritos, Lewis escreveu mais de 60 livros!
  2. O seu amigo Owen Barfield, a quem ele dedicou o livro “Alegoria do Amor”, também era seu advogado. Lewis pediu para Barfield criar um fundo de caridade, chamado de “O fundo Ágape”, com o lucro de seus livros. Se estima que 90% da renda de Lewis ia para aquilo que ele mesmo chamou, em relação ao herói da Trilogia Espacial, de “as caridades secretas de Ransom”.
  3. As “Crônicas de Nárnia” (quem tiver sido atento na leitura sabe bem), sobretudo o livro “O LEÃO, A FEITICEIRA E O GUARDA-ROUPAS”, foi dedicado mistagogicamente a uma menina chamada “Lúcia Barfield”, que sem dúvida devia ser filha, sobrinha ou neta de Owen, por possuir muitas semelhanças de caráter com a personagem Lúcia Pavencie, “encantadora menina iniciadora do mistério narniano”.
  4. Em 1917, Lewis abandonou os estudos para se voluntariar ao Exército Britânico. Durante a Primeira Guerra Mundial, ele foi comissionado ao ‘Terceiro Batalhão da Infantaria Leve’ de Sumerset. Lewis chegou à linha de frente no Vale de Somme, na França, no seu aniversário de 19 anos, e experimentou a guerra de trincheiras (neste local se travou uma das batalhas mais pesadas da 1ª Grande Guerra). Em 15 de Abril de 1918, ele foi ferido em combate, e dois de seus colegas de farda foram mortos por um projétil britânico que errou o alvo. Durante aquele conflito terrível, Lewis também pode ter aspirado gases tóxicos da guerra bioquímica do início do Século XX, e aquela aspiração pode ter encurtado sua vida por ter afetado seus pulmões (Lewis morreu com 65 anos), embora muitos atribuem suas pneumopatologias ao seu vício de fumar bastante. A 1ª Guerra também fez Lewis sofrer depressão e saudades doentias de casa (homesickness), coisa que se verificou durante todo o seu processo de recuperação que durou pelo menos uns 4 anos.
  5. Lewis cresceu numa família engajada na Igreja da Irlanda, e por ela aprendeu muita coisa da doutrina cristã. Todavia ele, por ser um gênio de inteligência, enfrentou um período de dúvidas que o levou a se tornar ateu depois dos 15 anos, embora tempos depois tenha descrito sua juventude como um tempo paradoxalmente equilibrado entre alguém “muito irritado com Deus por Ele não existir”. Foi daqui que ele intuiu o entendimento clássico: “Se Deus não existisse, alguém teria que inventá-lo, pois o universo perde todo o sentido se houver um vazio original”.
  6. O retorno de Lewis para a fé cristã foi por uma influência direta das obras de George McDonald, por quem ele foi informado de possuir uma “qualidade pré-natal” no livro O GRANDE DIVÓRCIO, e de quem se pode arriscar dizer que veio a inspiração direta para escrever a sua experiência onírica com o Purgatório.
  7. Outras fontes também ajudaram Lewis a vencer seu “ateísmo lógico”, um ateísmo “pouco inteligível para mentes medíocres”, e sua própria cabeça pode ter sido sua grande amiga na descoberta do Criador indisfarçável no meio da Criação. Além disso, debates intensos com o seu colega de Oxford e amigo J. R. R. Tolkien (autor de ‘O Senhor dos Anéis’), também o enriqueceram profundamente no caminho da fé, sem falar no livro ‘O homem Eterno’ de G. K. Chesterton, este que acabou sendo “o adversário mais lúcido que Deus pôs em seu caminho” (Tolkien e Chesterton eram católicos romanos fervorosos).
  8. Ainda que Lewis se considerasse como um ANGLICANO ORTODOXO, suas obras foram extremamente populares entre evangélicos e católicos. Billy Graham, maior pregador batista da História, e que se encontrou com Lewis em 1955, disse que “achei que ele não é apenas inteligente e coerente, mas também gentil e gracioso”. São João Paulo II disse que o livro de Lewis ‘Os quatro amores’ era um dos seus favoritos. O padre Paulo Ricardo deu um curso inteiro baseado no livro “CARTAS DO INFERNO”.
  9. Depois de ler o livro ‘O problema da dor’, escrito por Lewis, o reverendo James Welsh, diretor de conteúdo religioso da BBC, chamou Lewis para transmitir programas na rádio. Enquanto Lewis ensinava em Oxford durante a Segunda Guerra Mundial, ele conduziu uma série de programas para a rádio BBC entre 1942 e 1944. Os programas transcritos apareceram originalmente em três panfletos diferentes: A Razão do Cristianismo (1942), Comportamento Cristão (1943) e Além da Personalidade (1944), mas eles foram posteriormente combinados no livro “A Razão do Cristianismo”, depois reeditado com o titulo “A Essência do Cristianismo Autêntico”, e finalmente ‘Cristianismo puro e simples’ (num título que nega seu conteúdo, pois logo na sua 1ª Parte, no capítulo “A INVASÃO”, Lewis explica o quão profunda e complicada é a criação de Deus). Em 2000, o livro ‘Cristianismo puro e simples’ foi votado como o melhor livro do Século XX pela revista Christianity Today (Cristianismo Hoje).
  10. Em 22 de novembro de 1963, exatamente uma semana antes de seu aniversário de 65 anos, Lewis desabou na cama às 5:30 PM e morreu alguns minutos depois. Porém a cobertura midiática de sua morte foi quase que completamente ofuscada pelo assassinato do presidente americano John F. Kennedy (morto algumas horas antes), maior líder norte-americano do Século XX. Sua agonia final é descrita no livro “Cartas a uma dama americana”, que fez muitos fãs irem às lágrimas com a leitura de suas últimas missivas àquela distante fã e amiga admiradora.
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SEMANA LEWIS 2024 – Introdução

Chegamos a mais uma SEMANA LEWIS, e esta está cheia de novidades, devido a convicção desta Escola de que o ano de 2025 poderá ser tão decisivo para a História da Humanidade, que nem nos arriscamos a apostar que ainda poderemos fazer outra SEMANA LEWIS! Para o bem ou para o mal, cremos que o tempo chegou ao limite, e, a partir de agora, TUDO PODE ACONTECER (desde a 3a Guerra Mundial até aquele período de paz enganadora, dos primeiros 3,5 anos do reinado do inimigo). Assim sendo, passemos logo à primeira postagem deste LEWIS WEEK, para maravilhamento dos nosso fãs, alunos e visitantes.

*** *** ***

Para começar, vejam esta postagem publicada no BLOGEAT:

Inteligência Artificial imagina o misterioso momento em que C. S. Lewis recebe a inspiração divina de Nárnia…

Inteligências artificiais têm ganhado cada vez mais espaço entre as manchetes ao ‘imaginar’ momentos por meio de expressões artísticas. Em algumas, como na famosa Midjourney, basta dar algumas palavras-chave e algumas descrições para a máquina transformar aquilo em uma sequência de imagens em vários estilos diferentes.

Nesta semana, a página Porão de Lewis, administrada pela teóloga e influenciadora Bruna Santini, usou de uma dessas ferramentas para imaginar o autor britânico C. S. Lewis escrevendo duas de suas obras mais famosas: As Crônicas de Nárnia e Cartas de um diabo ao seu aprendiz.

Veja o resultado em outras imagens belíssimas postadas no nosso Blog.

ATÉ MAIS. TENHAM TODOS UMA ÓTIMA SEMANA LEWIS.

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Prova técnica contra a reencarnação

Introdução: Advertimos que este assunto é daquele tipo para o qual a linguagem humana é pobre, paupérrima, e que seremos forçados a utilizar sinônimos para coisas diferentes e antônimos para coisas iguais, sem falar de TERMOS capturados de outras ciências e até inadequados para esta, mas cuja utilização se torna única ferramenta para viabilizar o assunto de forma minimamente inteligível. Certamente usaremos até tautologias e significados pobres para temas ricos e vice-versa. Porém, o principal é que o leitor tenha atenção minuciosa às palavras empregadas, bem como à colocação das mesmas em cada sentença, ora descartando usos populares e precários de cada termo, ora elevando o valor de vocábulos “comuns ou empobrecidos pelo excesso de uso noutras situações”, por uma conotação de valor mais transcendental. Enfim, que Deus nos ajude nesta “tresloucada aventura”.

A Teoria Reencarnacionista não se sustenta: aqui comentamos um argumento de C.S. Lewis.

Parágrafo 1º: A alma humana não tem aspecto reconhecível, porque é fluídica e amorfa. Ninguém reconheceria ninguém, se ninguém tivesse um corpo físico que moldasse ou esculpisse a alma no molde visível na terceira dimensão. Esta alma moldada pelo corpo adquire A IDENTIFICAÇÃO do indivíduo para sempre, e por isso cada um de nós vai poder identificar e RECONHECER quem éramos na vida terrestre. Se nunca tivéssemos recebido o corpo único que Deus nos dá, ninguém identificaria cada indivíduo em particular, do mesmo modo como nenhum de nós saberia se pensamos alguma coisa ou se foi outra pessoa que pensou, porque o pensamento não tem corpo e pode ser confundido com os pensamentos alheios, caso não pudéssemos saber que determinado pensamento saiu de dentro do nosso corpo.

Parágrafo 2º: Ora, pensamento sem corpo é apenas pensamento, mas COM corpo, ele pode virar SOM, virar CANTO, virar VOZ humana e voz individual, particular, e por isso eu sei se fui eu que pensei ou se alguém pensou perto de mim. Logo, meu pensamento DENTRO de meu corpo também tem O TOM da minha voz, e esta fica restrita ao meu ambiente mental pessoal, de meu próprio cérebro, e ao meu sistema auditivo cerebral particular, que somente eu consigo identificar como sendo meu.

Parágrafo 3º: Assim, a teoria da reencarnação falha quando postula que nós SOMOS APENAS ESPÍRITO, e que nosso corpo físico para nada presta, a não ser para adubar a terra depois de falecido. Se isso fosse verdadeiro, como iríamos identificar alguém após a morte, já que essa pessoa teve mil corpos e nem ela mesma sabe dizer que aparência sua alma tem? Ou então, qual cara a alma assumiria, ou ela iria usar UMA MÁSCARA ETERNA para enganar as outras almas?. Logo, ter um só CORPO-MOLDADOR (ou corpo-molde) é o veículo que Deus escolheu para fazer do Céu um verdadeiro lar, quando todos os pais poderão se auto-reconhecer e também reconhecer seus filhos e vice-versa.

Parágrafo 4º: Isso explica porque Jesus, depois de ressurreto, mostrou as marcas dos pregos a Tomé, que só poderia identificá-lo se Jesus tivesse tido UM SÓ CORPO, coisa que desfaz a ideia básica da teoria reencarnacionista. Logo, ao contrário do que defendem até alguns estudiosos da Bíblia, O CORPO É ALGO DE FUNDAMENTAL IMPORTÂNCIA, e por isso os pecados carnais são tão terríveis, pois deixam NA ALMA as marcas “deformantes” que o corpo adquiriu em sua única vida tridimensional, e que se manterão no corpo ressurreto de cada um de nós, tal como as marcas dos pregos se mantiveram no corpo glorioso de Jesus.

Vídeo publicado no nosso Canal: https://www.youtube.com/watch?v=IC2-J3h6Rbo&t=4s

Parágrafo 5º: Isso também explica a passagem onde Jesus disse: “Se tua mão direita te faz pecar, arranca-a, pois é melhor entrares no céu sem uma mão do que seres lançado no inferno com todo o teu corpo; se teus olhos te fazem pecar, arranca-os, pois é melhor entrares no Céu cego, do que ires com os dois olhos para o fogo eterno”. Está mais do que claro aqui que o corpo é o modelador ou moldador da alma, e isso explica os diversos testemunhos de almas aparentemente aleijadas, ou mancas, ou sem braço, ou sem as mãos, ou magérrimas, ou obesas, etc. Enfim, como podem existir almas aleijadas se cada alma recebesse um corpo 100% novo em cada vida que experimentasse? E se inventam que existem casos de pessoas que nasceram com defeitos no corpo que adquiriram em vidas passadas, isso só vem provar que as marcas de uma má formação genética persistem no corpo físico e também servem para a alma se reconhecer após a morte, caso exista por lá alguma outra alma de alguém que em vida tenha sido tipo um “sósia” daquela.

Finalmente, a alma fluídica não fica para sempre neste estado etéreo, e vai se solidificando após a morte, mas com a mesma constituição, aparência e fisionomia de seu único corpo físico recebido em vida, até que seja um ser sólido e muito mais sólido do que jamais foi, pois agora está num corpo glorioso, ou, noutras palavras, estará num corpo supradimensional, muito mais presente nas diversas realidades criadas e que constituem todo o Reino de Deus. Isso explica toda a história do próprio Jesus e de seu “misterioso” corpo glorioso, que foi capaz de atravessar paredes (aqui parecendo etérico) e ao mesmo tempo comer pães e peixes, aqui parecendo físico. Que Deus nos conduza até aquele glorioso dia, em que nós, ressuscitados e solidificados após permanência no Purgatório, apareçamos em estreia triunfal no Reino Multidimensional do Criador.

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SEMANA LEWIS 2023: As aparentes contradições entre a Justiça e a Misericórdia de Deus

Que misericórdia há em algumas expressões de Jesus?

A rigorosa ordenança bíblica acerca da nossa misericórdia para com o próximo parece contrariada com e por expressões de Jesus que nada têm de misericordiosas. Se isto for verdade, o que Jesus chamava de “Misericórdia”?A inteligência para o culto racional é o maior dom que Deus nos deu, mesmo em comparação com o dom da salvação, pois sem aquela este nem faria sentido. Isto posto, as descobertas da inteligência humana, sobretudo aquelas oriundas da dedução lógica permitida por Deus, extraídas de dentro da Bíblia Sagrada, têm necessariamente a primazia em qualquer raciocínio que se preze, e é neste espírito que estamos escrevendo este artigo.

A observação acurada do texto bíblico, escusadas as deficiências comuns da linguagem humana e os possíveis “defeitos” de cada tradução ao longo dos séculos, pode nos levar a descobertas estarrecedoras, ou no mínimo impressionantes, e expor com luz solar toda a ignorância do bicho-homem perante os chamados “mistérios” da existência. Conquanto isto esteja sendo dito para permitir a plena liberdade de expressão, este articulista propõe que a conclusão aqui divulgada não seja aceita por nenhuma outra mente lúcida, exceto se esta se der ao trabalho de pesquisar o mesmo tema com o mesmo esmero, e ainda assumir uma postura “discreta” ao abrir dos olhos, como seria mais lógico em relação à reverência para com o Sagrado.

O tema proposto já choca no título, que jamais pude confirmar se era o ideal ou se era um mero erro de “desajuste interior” nas crenças pessoais deste autor, e por isso o título deste artigo já poderia produzir os efeitos indesejados que tentei evitar, ou afastar olhares que desejei aproximar. E pior, ele precisa ser iniciado por uma pergunta igualmente complicada, a saber: “teria a Humanidade entendido corretamente o sentido último da expressão ‘Misericórdia Divina’? Ou: quem agregou ‘pieguismo’ ao conceito que havia na cabeça de Jesus?”…

Mas o choque maior, a rigor, está no fato de que toda a cristandade parece ter sido ludibriada pelas ideias levianas do ‘semipacifismo’ de que falava CS Lewis, impondo aos cristãos uma “atenção vaidosa” ao tema e o rigor da compulsória “Lei do Perdão Cego”, que nos obriga a tratar todo mundo com todo carinho que nosso coração sofra para alcançar. É uma regra intransigente e implacável, que requer de um coração humano a pureza do divino, quando nem o próprio Deus, na pessoa do Filho do Homem, conseguiu cumprir à risca todo o tormento de uma disposição impraticável, 24 horas por dia, em dias vividos entre humanos! (O StudioJVS publicou um vídeo intitulado “Por que Jesus se retirava para orar sozinho?”, que trata justamente da missão divina da convivência humana, a qual também foi duríssima para Jesus). É por tudo isso que acreditamos tratar-se de algum possível erro na compreensão da Misericórdia, porque a mente humana pós-Queda também aderiu à tendência ao “vitimismo” e à autocomiseração, prejudicando a clareza da visão diante de realidades dolorosas.

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SEMANA LEWIS 2023: Investigando mistérios em José

  1. Uma misteriosa lei sobre a santidade de José

Continuando a nossa SEMANA LEWIS 2023, apresentamos um argumento em vídeo todo baseado no pensamento de nosso mestre “Jack”, e apontamos a indisfarçável profundidade do mesmo, ao ponto de o julgarmos indicado apenas para lewisianos bem preparados na Teologia Lewisiana e também nas entrelinhas da Palavra de Deus, requisitos estes sem os quais o vídeo será tratado como mera “elucubração delirante” de uma alma desencontrada em sua ansiedade e vontade de agradar a Deus.

O argumento em questão começa com a pergunta: “Como uma relação sexual entre marido e mulher, casados no cartório e na igreja (de quem a Bíblia chama ‘leito sem mácula’) poderia ser considerada uma tentação?”… Ou por que um ato conjugal (um ato santo) poderia ser um impedimento à santificação desejada por Deus? Onde estaria a raiz do pecado, já que sexo matrimonial não é de modo algum condenado por Deus? Segue a hercúlea tarefa de explicar porque José e Maria nunca tiveram relações sexuais, e provavelmente José nunca viu Maria nua.

O vídeo se chama “A AUTOFLAGELAÇÃO E A TENTAÇÃO SEXUAL” e faz um paralelo perturbador entre a prática monasterial do medievo e a vida íntima de José e Maria, procurando iluminar o inútil exercício (supostamente santificador) e o pacto elevado feito tão somente com Deus, o qual foi provavelmente muito “sofrido” (desafiador) e ao mesmo tempo muito prazeroso (honroso), posto em prática pelo casal símbolo da Sagrada Família.

Quaisquer outros esclarecimentos sobre o vídeo a seguir (indicado pelo link do Youtube logo abaixo), poderão ser expressos nos comentários e este autor atenderá com máximo prazer e possível celeridade. Fiquem todos com Deus.

Link no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=1u7dTP1w4NM

  1. Uma profunda teoria sobre a paternidade de José

– Dentro da ONIPOTÊNCIA de Deus, o real esposo de Maria, o Espírito Santo, poderia ter inseminado Maria com o sêmen de José? Poderia? Claro que sim! Tudo é possível para a Onipotência! Se assim não fosse, por que a Escritura coloca Jesus na própria GENEALOGIA DE JOSÉ, e não na de Maria? (Pois as genealogias judaicas são feitas pela descendência dos pais, e não das mães, e por isso Jesus é chamado de “Filho de Davi”, pois José era um tataraneto de Davi, e não Maria).

– Ora, se devemos lutar pela Teologia da Humildade Infinita de Deus, e com ela admitir que Maria deve ser chamada de “Mãe de Deus” (não porque Deus tenha uma mãe, mas porque a sua humildade infinita quis descer tanto na “escala qualificativa da Criação”, assumindo a natureza humana de tal modo que Ele próprio, como Criador do universo, se rejubila de ter uma “mera mulher” como Mãe), devemos também admitir que a humildade infinita cederia alegremente o posto de “elo na cadeia genealógica” (atribuído ao Milagre da gravidez de Maria) para o humilde carpinteiro José, em cuja genealogia encontra-se o rei Davi, tataravô de Jesus. E assim, para que no sangue de Jesus corresse também o sangue de Davi, o Espírito Santo inseminou, no óvulo de Maria, o sêmen de José, mas sem jamais José ter participado de qualquer ato propiciador deste milagre, como algum tipo de masturbação ou coisa que o valha (o sêmen de José teria sido “fabricado” pelo próprio Espírito Santo, sem qualquer contato físico com o pai de Jesus, e sem que José tivesse qualquer contato físico com Maria). Enfim, é mais um mistério teológico e bíblico que deveremos discutir em um futuro vídeo, de extrema coragem e independência.

 

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SEMANA LEWIS 2023 – Igreja Anglicana é católica!

Uma pesquisa simples mostra que a Igreja de CS Lewis é católica, no sentido de seguir a doutrina católica. A única diferença entre o Catolicismo Romano e o Anglicano, é que este é dirigido espiritualmente pelo rei ou rainha da Inglaterra; ao passo que o outro é dirigido pelo bispo de Roma, o Sumo Pontífice, que atualmente (e para infelicidade de todo o Planeta), é um falso profeta, um falso João Batista, preparador dos caminhos do antiCristo. Simples assim.

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SEMANA LEWIS 2023: Porque publicamos ideias que não aparecem na “letra” de Lewis

Esta é a mesma pergunta que os assim chamados “evangélicos” fazem quando vêem um católico romano falar de Purgatório, Eucaristia, Sacramentos, pastorais, paróquias, papado, etc. Porque todo esse pessoal foi levado pela loucura de Lutero a admitir como verdade apenas aquilo que aparece NA LETRA da Bíblia Sagrada, e não o que transparece racionalmente nas entrelinhas ou no sentido subliminar da Revelação. Loucos! Não percebem que ao castrarmos os sentidos subliminares estamos “podando” ou dilapidando a Revelação? Não atentam para o chamamento à lógica abstrata encontrada nos raciocínios dos próprios autores canônicos? Não se lembram dos versículos que dizem que “a Palavra de Deus não está amordaçada” e que ela “não volta vazia”? Ou que a própria se revela mais cortante do que faca de dois gumes, capaz de dividir tudo, tanto dentro quanto fora da mente humana? Enfim, é sempre o exame apressado ou superficial que leva uma alma a adotar para si apenas aquilo que ESTÁ ESCRITO NA LEI, e não no “espírito da lei”, como Paulo tentou explicar em II Coríntios 3,6 (para bom entendedor, Jesus disse “quem tem ouvidos de ouvir, que ouça”)…

Clique na figura para ampliar e ver melhor.

E por que estamos tratando disto aqui, na SEMANA LEWIS 2023? Ora; é porque alguns alunos se queixam de não encontrar na SEMANA LEWIS e até nos veículos de comunicação desta Escola, textos e matérias do próprio Lewis, e sim textos e ‘criações’ de um “biógrafo extra-oficial” de Jack, por assim dizer. Mas porém todavia contudo, a explicação é mais ou menos simples, e passamos a ela agora:

  1. Publicar o que já foi publicado por Lewis seria chover no molhado, e perderia toda a originalidade que sonhamos em dar ao site e blog de uma Escola Lewisiana;
  2. Basear nossos textos e comentários com base apenas naquilo que está visível nos livros de Lewis seria “pobre demais” para o padrão de espiritualidade que encontramos em Lewis e que sempre desejamos reproduzir aqui;
  3. Fugir ao lugar comum de todos os outros sites lewisianos, os quais, quando muito, comentam com certa profundidade aquilo que se pode ver NA LETRA dos livros de Lewis, como se se sentissem inseguros na gloriosa liberdade dos filhos de Deus e de Lewis, se e quando ousassem extrair dados concretos ou subentendidos em novas e presumíveis hermenêuticas lewisianas.

Exemplo de frase não encontrada nos livros de Lewis, mas inteiramente dentro do espírito Lewisiano.

Enfim, o que temos que fazer agora é APONTAR DIRETAMENTE para esta realidade, a saber, que nossos comentários e opiniões SÃO MESMO EXTRAÍDOS DOS LIVRES DE LEWIS, mas são assim executados com a fluência da imaginação de Jack e com a firmeza da Razão de Lewis, as quais foram, além de qualquer comparação, o cúmulo ou o supra-sumo do raciocínio humano evoluído, muito além de onde chegaram os macacos falantes do Reino Narniano de Deus.

Finalmente, as matérias que nossos leitores encontrarão aqui e no nosso Canal do Youtube SÃO MESMO um exercício de liberdade teológica extrema (dentro da infinitude da inteligência de Lewis), na qual não impedimos qualquer ave narniana de voar e não fugimos da chocante a aparentemente presunçosa revelação de nossa própria autoria ou co-autoria, com a mesma “licença poética” praticada por Lewis e com a mesma liberdade de interpretação que os escritores canônicos demonstraram nas linhas e entrelinhas da Palavra de Deus.

Para bom entendedor, um pingo é letra, uma letra é frase e uma frase é um livro.

João Valente.

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SEMANA LEWIS 2023: Erros de edição no filme “Nárnia-1”

Fazer um filme exige muita colaboração e dedicação dos diretores, atores, produção e etc…Fazer um filme não é fácil, e na maioria das vezes, sua produção final sai perfeita aos nossos olhos. Bom, quase…Existem pessoas com bons olhos que notam um erros de continuidade nos filmes, por isso, resolvi listar aqui 10 erros de continuidade. Todos os erros foram encontrados no site Falha Nossa. Mas são apenas errinhos que não interferem na história,

“ERROS” DE CONTINUIDADE

1. Na estação de trem, na hora em que os Pevensie estão partindo para a casa do Professor Kirke, Lúcia segura um ursinho com a mão. Depois do corte, de repente o ursinho já aparece embaixo dos braços de Lúcia.

2. Durante a primeira visita de Lúcia a Nárnia, antes dela ver o fauno, dá para perceber que os flocos de neve na roupa dela mudam com os cortes. Entretanto a neve na roupa dela nunca aumenta, como deveria.

3. Lúcia coloca sua mão esquerda no lampião, mas ao ouvir o barulho na floresta ela se assusta, na mudança das câmeras ela está com a mão direita no lampião, quando volta a tomada ela está novamente com as mão esquerda. Ai vai uma imagem para vocês entenderem:

* 4. Após voltar de Nárnia pela primeira vez, Lúcia não menciona que encontrou um fauno, muito menos que seu nome é Tumnus, entretanto Edmundo delata ele ao falar com a Feiticeira Branca, dizendo que Lúcia já esteve lá antes, e que conheceu um fauno chamado Tumnus.

5. Depois da coroação dos Reis e Rainhas, Lúcia observa Aslam na praia. Tumnus aparece e lhe devolve o lenço que Lúcia deu para ele enquanto ele levava ela de volta para o Lampião na primeira vez que ela visitou Nárnia. Mas isso seria impossível, pois o Castor devolveu a lenço a ela, dizendo que Tumnus pediu.

6. Os machucados na boca de Edmundo mudam de acordo com as cenas, em algumas percebemos que ele está com o machucado no meio da boca, em outras está no canto da boca.

7. O licor de Lúcia cura qualquer ferimento, entretanto não curou o machucado da boca de Edmundo.

8. Quando Edmundo chega a Nárnia, o anão o derruba, sujando suas costas de neve, mas quando ele se levanta para ir com Jadis ao trenó as costas dele está sem neve.

9. Quando Pedro diz que quer ver Aslam, os Narnianos começam a se abaixar, na mudança da tomada eles estão se abaixando novamente.

**10. Enquanto brincam de esconde-esconde, Susana se esconde num “baú”, depois disso a cena muda para Lúcia e Edmundo procurando um lugar para se esconder, mas apesar de Susana já estar escondida, aparece as pernas dela, correndo, procurando um lugar para se esconder.

*** Não sei se devemos considerar um erro. É fato que Lúcia não menciona nada sobre ter encontrado um fauno, ela só chega e fala que sumiu por horas. Mas há um corte nessa cena, e já passa para Susana e Edmundo verificando o Guarda-Roupa, não sei se tem uma cena deletada em que ela conta sobre o fauno.

****² Eu não me lembro dessa parte do filme, não conferi como conferi as outras. Mas…

Voltamos a lembrar que os erros foram encontrados e verificados pela equipe do site FALHA NOSSA.

Outro presente aos fãs de Lewis se encontra no Canal “Histórias do mundo”, onde há um ótimo vídeo sobre CS Lewis. Vejam por este link:

https://www.youtube.com/watch?v=eAu2EftqpqI

Enfim, aguardem mais postagens ao longo desta tão especial semana para nossa Escola.

 

 

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SEMANA LEWIS 2023: 60 ANOS DA MORTE DE NOSSO MESTRE

Há exatos 60 anos, no dia 22 de novembro de 1963, Deus conduzia à glória o emérito professor irlandês Clive Staples Lewis, maior cristão nascido de mulher desde os tempos bíblicos. Segue a data numa pesquisa rápida pelo Google:

Clique na figura para ampliar

Mais tarde neste dia 22 de novembro de 2023, ou no decorrer desta SEMANA LEWIS, conversaremos mais sobre esta importante data para nossa Escola, e aquilo que esta produz, como única escola virtual inteiramente dedicada a C.S. Lewis no nosso estado do Ceará. Aguardem.

 

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