Outras expressões “incompreensíveis” na Bíblia Sagrada

Após saber de expressões “pouco misericordiosas”, temos a perguntar como e porque os autores canônicos registraram frases que não se coadunariam com nenhuma lógica e muito menos com a Teologia Cristã

Após saber de expressões entendidas como “pouco misericordiosas” na esteira de “supostas” declarações de Jesus (confira antes o artigo que trata do assunto NESTE link), temos a perguntar como e porque os autores canônicos registraram frases que não se coadunam com nenhuma lógica e muito menos com a ‘Teologia Bíblica dos Apóstolos’, senhora mestra absoluta de todo pensamento cristão. É isso que este artigo se propõe a tratar, na medida do possível, pelas fontes por nós pesquisadas.

Todo o problema parece residir, até onde conseguimos enxergar, na diferença entre: (1) aquilo que Jesus de fato disse; (2) aquilo que os autores canônicos conseguiram SE LEMBRAR das palavras de Jesus; (3) aquilo que Jesus permitiu aos autores canônicos fazer na hora de registrarem, para as gerações futuras, as palavras que Ele de fato proferiu; e (4) aquilo que Jesus permitiu aos autores canônicos escolher na hora de registrarem palavras que Ele gostaria de ter dito na ocasião e não disse, e cuja revelação iria ajudar na melhor compreensão do plano de salvação.

Isto posto, podemos utilizar mais ou menos 3 (três) expressões – ou pensamentos – de Jesus para não nos excedermos nas dimensões cabíveis a um “artigo de jornal”, utilizando as mesmas em cada um dos 4 pontos acima descritos relativos ao registro das palavras de Jesus. Senão vejamos.

As coisas que Jesus disse, aquelas mais capazes de dar exemplo ao nosso argumento, seriam as seguintes:

  • Primeira expressão: “Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem” (Lucas 23,34);
  • Segunda expressão: “Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do homem ser-lhe-á isso perdoado; mas se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir (Mateus 12,32);
  • Terceira expressão: “Pai, graças te dou porque me ouviste; aliás, eu sabia que sempre me ouves, mas assim falei por causa da multidão presente, para que creiam que tu me enviaste” (João 11,41b-42).

(a) “Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem”: Por que Jesus disse isso? O Pai do Céu por acaso não sabe que o povo é ignorante e absolutamente alienado? Ou então, numa hipótese trágica e impensável, o Pai do Céu não seria tão misericordioso quanto Jesus acreditava? Ou, então, mistério dos mistérios, Jesus NÃO TERIA DITO tais palavras? Ou seja, elas seriam um acréscimo posterior, do tipo “populista”, inserido pelos escribas das comunidades fundadas pelos discípulos? Isto é, um “enxerto dos seguidores dos apóstolos” (doravante ESA)? Pior, nesta expressão, a rigor, pode-se ver até um “defeito técnico” sutil no âmago de tal pensamento, pois a Bíblia registra casos onde ficou claro que não haverá afrouxamento na severidade do julgamento de Deus, mesmo para quem não tivesse conhecimento pleno da Revelação (vimos isso na sentença “Deus não tomará por inocente aquele que levar seu santo nome em vão” – Êxodo 20,7 e Jesus a reforça em Mateus 12,36-37!), ou mesmo para quem não cometesse um pecado grave e apenas fosse medroso ou tímido, como no caso da Parábola dos talentos (Mateus 25,24-30).

Neste caso, a mera alusão a um perdão dado gratuitamente só porque o pecador não sabe o mal que está fazendo, põe em discussão até a validade da Revelação, já que a própria Escritura diz que “aqueles que sem lei pecaram, sem lei serão julgados”! O questionador perguntaria: “não seria mais fácil salvar uma Humanidade inteiramente ignorante, do que arriscar-se a dar-lhe um conhecimento que ao final lhe trará culpabilidade”?… Mas uma vez é aqui que entra CS Lewis, pois só ele explicou –para quem souber ler – que o desejo profundo e secreto de Deus é nos levar À PERFEIÇÃO, e para isso o próprio Criador julgou valer a pena correr o risco de perder as almas cuja mente jamais se ajustasse às exigências severas da Moral Cristã. Enfim, Ele é o Juiz perfeito e o Amor Justíssimo, e por isso se Ele julgou positivo correr este risco, nossa única opção é aplaudi-lo e louvá-lo por isso.

Mas isto não anula o sinete da consciência que o próprio Deus nos deu, pelo contrário, isto tudo levanta muito mais um problema do que uma solução: na verdade, se o Juízo Final vai ser algo ao qual TODOS comparecerão, é lógico supor que a questão da alienação estará superada, e por isso não haverá um único condenado que não tenha tido perfeito juízo de seus erros. Até porque o período irrecorrível de TODAS as almas no Purgatório “lavou-as e levou-as”, inexoravelmente, a enxergar pelo menos a inadequação de seus desejos perante a vontade do Criador, e isso as deixará com plena consciência de sua última decisão, seja para desistir de tudo ou para consertar-se moralmente com a purificação “gratuita” e misericordiosa promovida pelo “Vale da Sombra da Morte”. É isso.

(b) Como pode uma blasfêmia contra o Espírito Santo ofender a Deus e uma blasfêmia contra o Pai não ofender? Só uma resposta atende a esta pergunta com todos os elementos de Lógica que a noção de “família” (uma noção surgida somente a reboque da noção de “trindade”) introduziu na mente humana, e o raciocínio daí derivado é o seguinte: o Espírito Santo de fato só pode ser “a Mãe-sagrada de Jesus” e Este, como todos nós filhos, detestamos quando alguém fala mal de nossa Mãe!…

Neste caso, Jesus, por ter o coração perfeito e 100% equilibrado, teria que sentir ofensa com qualquer blasfêmia contra a sua família, e não apena contra sua Mãe-espiritual ou seu Pai celestial. Jesus deveria se sentir irritado até contra quem falasse mal de José, seu pai carnal adotivo. E a prova disso é aquilo que Ele disse “para justificar” sua ira dentro do Templo de Israel, quando chicoteou e surrou os vendilhões: “Vós transformais a Casa de Meu Pai num covil de salteadores!”. Por que uma ofensa à Casa de seu Pai o irou tanto e uma ofensa direta ao Pai foi relativizada na citação da blasfêmia contra o Espírito Santo? Enfim, aí está mais um mistério para exegetas mais capacitados investigarem com o esmero de quem quer saber a Verdade (ou, como Lewis diria, “com alma de cachorro”).

(c) Por que Jesus usaria uma oração (que Ele próprio pareceu menosprezar, no sentido de lhe dar menos valor) do tipo “didática” numa ocasião daquelas – a ressurreição de Lázaro –, quando Ele sabia e tinha já experimentado o alto poder de persuasão de suas palavras em seus discursos públicos? Uma oração como aquela da ressurreição de Lázaro é a ÚNICA IGUAL no Novo Testamento, ou seja, não há nenhuma outra igual nos Evangelhos, e por isso ela pode ter sido, por assim dizer, “manuseada” ou “remendada” pelas memórias longínquas do escritor canônico, querendo aproveitar a ocasião para passar mais uma lição teológica acerca da Santíssima Trindade.

Ao registrar “Pai, graças te dou porque me ouviste; aliás, eu sabia que sempre me ouves, mas assim falei por causa da multidão presente, para que creiam que tu me enviaste”, o escritor canônico incorre em pelo menos 3 erros toscos na lógica da Revelação. Dizer “graças te dou PORQUE me ouviste” é atribuir um erro brutal à consciência de Jesus, a menos que Deus também não ouvisse seu próprio Filho, já que a Escritura registra casos em que pecados humanos de fato “tapam seus ouvidos às nossas orações”, como disseram Isaías 1,15; Zacarias 7,13; Salmo 66,18 e 94,9. Neste caso, Jesus estaria apenas “simulando” uma situação de pecado onde Ele anteriormente não teria sido ouvido? Evidentemente isto nunca aconteceu. Por isso a expressão “aliás” é tão descaradamente um enxerto posterior da memória longínqua do autor canônico, que tentou justificá-la com uma saída medíocre: “assim falei por causa da multidão presente”; e ainda “para que creiam que tu me enviaste”, como se a multidão saber que Deus ouviu seu único Filho fosse motivo suficientemente forte para crer nEle!

Enfim, naquelas expressões ficam desnudos os traços humanos na letra da Revelação, o que jamais constituiria razão para a descrença na Teologia cristã, pelo contrário, a tornam muito mais divina por ter sobrevivido este tempo todo, APESAR da influência humana na origem de seu registro histórico. A Lógica divina está presente com a máxima exatidão, a saber, justamente no fato de que a vontade dEle, custe o que custar, doesse em quem doesse, triunfaria e sagrar-se-ia vitoriosa sob quaisquer circunstâncias, mesmo que seus ouvintes jamais lhe valorizassem, e até mesmo se seus próprios porta-vozes a manipulassem, seja por erro de memória, seja por desejo de torná-la mais didática para as almas perdidas. Em todo caso, triunfa a Verdade, que jamais sairia da boca de Deus sem cumprir o propósito para a qual o Senhor lhe premeditou.

 

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Que misericórdia há em algumas expressões de Jesus?

A rigorosa ordenança bíblica acerca da nossa misericórdia para com o próximo parece contrariada com e por expressões de Jesus que nada têm de misericordiosas. Se isto for verdade, o que Jesus chamava de “Misericórdia”?

A inteligência para o culto racional (Rm 12,1) é o maior dom que Deus nos deu, mesmo em comparação com o dom da salvação, pois sem aquela este nem faria sentido. Isto posto, as descobertas da inteligência humana, sobretudo aquelas oriundas da dedução lógica permitida por Deus, extraídas de dentro da Bíblia Sagrada, têm necessariamente a primazia em qualquer raciocínio que se preze, e é neste espírito que estamos escrevendo este artigo.

A observação acurada do texto bíblico, escusadas as deficiências comuns da linguagem humana e os possíveis “defeitos” de cada tradução ao longo dos séculos, pode nos levar a descobertas estarrecedoras, ou no mínimo impressionantes, e expor com luz solar toda a ignorância do bicho-homem perante os chamados “mistérios” da existência. Conquanto isto esteja sendo dito para permitir a plena liberdade de expressão, este articulista propõe que a conclusão aqui divulgada não seja aceita por nenhuma outra mente lúcida, exceto se esta se der ao trabalho de pesquisar o mesmo tema com o mesmo esmero, e ainda assumir uma postura mais “discreta” ao abrir dos olhos, como seria mais lógico em relação à reverência para com o Sagrado.

O tema proposto já choca no título, que jamais pude confirmar se era o ideal ou se era um mero erro de “desajuste interior” nas crenças pessoais deste autor, e por isso o título deste artigo já poderia produzir os efeitos indesejados que tentei evitar, ou afastar olhares que desejei aproximar. E pior, ele precisa ser iniciado por uma pergunta igualmente complicada, a saber: “teria a Humanidade entendido corretamente o sentido último da expressão ‘Misericórdia Divina’? Ou: quem agregou ‘pieguismo’ ao conceito que havia na cabeça de Jesus?”…

Mas o choque maior, a rigor, está no fato de que toda a cristandade parece ter sido envenenada pelas ideias levianas do ‘semipacifismo’ de que falava CS Lewis, impondo aos cristãos uma “atenção vaidosa” ao tema e o rigor da compulsória “Lei do Perdão Cego”, que nos obriga a tratar todo mundo com todo carinho que nosso coração sofra horrores para alcançar. É uma regra intransigente e implacável, que requer de um coração humano a pureza do divino, quando nem o próprio Deus, na pessoa do Filho do Homem, conseguiu cumprir à risca todo o tormento de uma disposição impraticável, 24 horas por dia, em dias vividos entre humanos! (O site “Ca3” publicou um vídeo intitulado “Por que Jesus se retirava para orar sozinho?”, que trata justamente da missão divina da convivência humana, a qual também foi duríssima para Jesus). É por tudo isso que acreditamos tratar-se de algum possível erro na compreensão da Misericórdia, porque a mente humana pós-Queda também aderiu à tendência ao “vitimismo” e à autocomiseração, prejudicando a clareza da visão diante de realidades dolorosas.

E podemos ir mais longe neste raciocínio. Senão vejamos. A rigor, não existe misericórdia infinita, mesmo aquela que habita O Coração Infinito!… Porquanto a eclosão do pecado, aquele original nascido no coração de Lúcifer, provocou uma situação 100% indesejável para Deus, a saber, a “obrigatoriedade da misericórdia seletiva”, uma vez que o Sagrado Coração tem que ser – e necessariamente é – 100% intolerante a qualquer pecado, e por isso estamos diante de um erro técnico de interpretação do sentido do perdão, ou seja, que a Humanidade entendeu errado a santidade de Deus e assumiu a crença fraudulenta de uma anistia irrestrita para tudo, como se os olhos perfeitos do Criador ficassem cegos às nossas desobediências e rebeldias premeditadas!

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A índole pacífica de Jesus pode ser um mito

Uma revisão mais acurada da Escritura Sagrada e a experiência viva de convivência com os males do Comunismo deixam nos cristãos uma pergunta sem resposta ou uma outra resposta…

A convicção de que Jesus sempre daria a face esquerda para quem lhe batesse na direita, o perdão aparentemente irrestrito dado aos inimigos e o silêncio irritante perante a falsidade do sinédrio na via sacra, induzem o leitor a fechar questão sobre o pacifismo radical do Nazareno, concluindo qualquer discussão que se apresente refratária ou com ares de insubmissão à Teologia da Misericórdia. É este o assunto que iremos (tentaremos) enfocar aqui, com esperança de não encontrar entre nossos leitores apenas “árabes ou hooligans” sedentos de vingatividade.

Porquanto a escalada crescente e inexorável do Maligno em todos os quadrantes do mundo e a irrefutável constatação de que “o Bem e a inocência não subsistem em ambientes onde a crueldade campeia livre”, tem nos fornecido ferramentas mais que suficientes para “imaginar” uma outra Nárnia, com todas as portas fechadas, ou um Paraíso depurado a pente fino, ou um Reino escatológico onde a entrada de súditos foi submetida a uma rigorosa seleção, por “fiscais anjos” de Deus.

E mais: esta constatação não é de estranhar nem mesmo para o Reino escatológico ensinado e acreditado nos seminários cristãos. Porque no cotidiano e na esteira de todas as disciplinas ali ministradas, tem-se por certo – e inquestionável – o fato de que “o Céu efetivamente não é um lugar para o pecado”, e que Deus só admite em seu Reino a santidade, cuja perfeição depende de ficarem de fora dela todos os menores ou mínimos indícios de maldade ou mesmo de “erros bobos humanos”, cumprindo a lei máxima de “o Santo dos Santos é exatamente aquilo que a expressão ‘santo dos santos’ significa”. A velha noção cristã, do início do Cristianismo, de que “no Céu só entram santos” (e por isso a ideia de Purgatório acabou germinando entre os cristãos) nunca foi questionada e está a cada dia mais sólida em todas as teologias, mesmo as egressas da Reforma.

Porque esta lei de que “no Céu só entram santos” é RADICAL! É severa! É rigorosa! É até intolerante, no sentido modernoide, porque ameaça com um inferno eterno quem apenas pecou por uma mera mentirinha de ocasião! Com efeito, se deixada abandonada a um canto da mente pouco lúcida pós-adâmica, inevitavelmente o cérebro dos macacos irá resmungar e apelar dizendo “mas foi só uma mentirinha”, e com isso sentindo-se no direito de exigir uma entrada salvadora no Reino eterno. É uma conversa que começa com a acusação de uma mera mentirinha e depois faz a mentirinha esconder a falsidade infernal de todas as maldades. Nenhum mal é 100% honesto, e nenhuma bondade 100% honesta incorpora o mínimo indício de falsidade: aqui está uma equação matemática SEM EXCEÇÕES, onde se diz com propriedade que “os números não mentem JAMAIS!”.

Isto posto, conscientizados de que no Reino de Deus nunca entrou nem jamais entrará a mínima concessão da mais ínfima mentirinha, segue-se que o Céu é um lugar de santos e para santos, e por isso teria que haver “um lugar onde as almas humanas chegassem à perfeição ANTES de adentrar no Reino Divino”, seguindo a lógica teológica da “aseptic summa paradisi” (assepsia extrema do Paraíso), sob pena de, no contrário, o Cristianismo se visse obrigado a admitir em sua escatologia a hipótese reencarnacionista, única saída para a purificação exigida pela santidade necessária do Céu.

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O poder da oração “pré impressa”

Uma cena chocante, típica do fim do mundo, faz ressaltar uma realidade irrefutável: a de que a eliminação das orações “pré impressas” pelos protestantes perfaz uma retumbante derrota perante o inimigo de Deus.

A discussão englobando os dois lados desta moeda devocional foi muito bem conduzida por CS Lewis em suas obras “Oração – Cartas a Malcolm” e “Cartas a uma senhora americana”, e o desconhecimento dos argumentos de Lewis a respeito deixam o horizonte pobre e perigoso, sobretudo para quem já tenha se “convertido” ao Protestantismo, ouvindo mais aos pastores do que a Bíblia.

Porquanto nas obras citadas, Jack (como Lewis gostava de ser chamado) discute as “qualidades” ou as vantagens e desvantagens de ambas as formas da oração, sem jamais condenar quem as distinga – ou quem não as diferencie – pelos termos “oração” e “reza”, e sem qualquer proselitismo neste sentido. Ou seja, para Jack, tanto as orações quanto as rezas (nos sentidos dados pelos protestantes) são utilíssimas e até indispensáveis, e este artigo pretende justamente mostrar até que ponto o Protestantismo saiu-se perdedor em sua abolição das rezas pré impressas.

Lewis nunca deixou de pontuar o caráter negativo de toda ação motivada pela presunção, e o capítulo VIII da 3ª Parte de seu livro “Mere Christianity” (mal traduzido por “Cristianismo puro e simples”), chamada “Conduta Cristã”, deixa isso bem claro para quem se arriscar a peitar Jack com uma pseudo camuflagem para o “câncer da alma” (presente em todos nós), que foi como ele chamou o orgulho ou soberba, aquele velho pecado adâmico que a Igreja colocou em primeiro lugar na lista dos sete pecados capitais! O leitor se lembra? Pois bem.

A partir da noção da soberba como o Grande Pecado, bem como que tal vício foi a maldade suprema que fez cair o próprio Lúcifer, Lewis deixou-nos o sinal verde para prosseguirmos na investigação teológica mais profunda e daí concluir, agora com acerto, que qualquer ação humana que redunde em Diminuir o Malefício do Orgulho ou Diminuir o Benefício da Humildade (chamemos DMO/DBH), será com certeza abominável para Deus, e 100% desaconselhável para a Humanidade. A partir deste “norte ético”, ou, melhor dizendo, desta “bússola moral”, qualquer mente humana poderia deduzir, com 100% de acerto, qual obra seria maligna ou benigna, de acordo com a regra DMO/DBH.

É aqui que entram as explicações de Lewis para a questão das orações espontâneas e das rezas pré impressas.

As orações espontâneas incorrem no perigoso risco de deixar insuflar a presunção no coração do orante público, e este risco poderá existir até mesmo num quarto bem fechado, igual ao que Jesus descreveu na ocasião em que nos ensinou o “Pai Nosso” (Mateus 6,6). Pela regra DMO/DBH, a oração espontânea pode ser a porta aberta para a soberba, sobretudo se ela for proferida em voz alta, e em comunidade. E pior, estas parecem ser justamente as orações que os adeptos do Protestantismo mais gostam de fazer, e é isso que sentimos nas reuniões públicas, sobretudo nos cultos de oração, onde se pode sentir até a ansiedade no ar (ou certo grau de frenesi devocional) daqueles escalados para orar, ou daqueles que gostariam de ser solicitados a orar na ocasião pelo pastor daquele rebanho.

O perigo está aí. O pastor chama nominalmente um orante do grupo e este sente seu coração “vibrar de importância litúrgica”, e uma voz silenciosa murmura ao ouvido daquele crente, reforçando-lhe a crença de que ele é “um ótimo servo de Deus por ser escolhido para orar na frente de tantos outros orantes”, ou que “suas belas orações estão provando sua santidade ao pastor e à igreja inteira”, e que agora alguns pequenos sinais de seus deslizes “deverão ser esquecidos pelos olhares da assembléia de fofoqueiros batizados”. Enfim, este é o quadro que se descortina invariavelmente, exceto naquelas igrejas extremamente amadurecidas, nas quais o sofrimento da vida já rendeu tantos frutos de arrependimento, ou frutos tão pesados, que ninguém faz mais questão de “exibir sua verve oratória”, preferindo contentar-se com o cântico coral ou com a oração doméstica. Eis aí uma descrição do perigo das orações espontâneas, mas é bom o leitor lembrar que isso é apenas uma síntese da realidade espiritual que subsiste no submundo da mente presunçosa do ser humano.

Este perigo é eliminado pelas orações pré impressas. Senão vejamos. Todas as coisas que recebemos dos outros eliminam, a priori e a rigor, o fator “autoria”… E o fator autoria é uma das 7 fontes insufladoras da vaidade humana, e todo cristão consciente tem o dever bíblico/teológico de evitar cair nessas perigosas fontes de magia negra, onde o fundo de ouro esconde a morte de quem botar a mão na água para pegar o ouro! (Lewis mostrou uma fonte dessas no livro “Viagem do Peregrino da Alvorada”, em suas “Crônicas de Nárnia”).

Quando alguém escreveu “ou criou” uma oração e a colocou em palavras impressas, ou quando alguém rezou uma reza e a escreveu em seu caderninho de orações, acabou fazendo uma tremenda obra de caridade, a saber, criou um mecanismo de evitar a soberba da oração espontânea, ou a presunção se “superioridade” do orante perante os seus ouvintes atentos e desatentos. Foi isto que Lewis quis dizer quando nos fez voltar os olhos para receber, de bom coração, as orações pré impressas, garantindo que elas eliminam o perigo insidioso do orgulho e a presunção silenciosa do inimigo dentro de nós. Aqui chegamos às rezas católicas, e à reza particular da mãe de Jesus, a Nossa Senhora, aquela que chamam de “Ave Maria”.

Imaginemos agora uma cena de guerra…

Num mundo existente entre a penumbra e o pesadelo, um bando de mulheres nuas ou seminuas, acostumadas ao hipnotismo da libertinagem proposta pelas mídias esquerdistas, decide que seu ativismo “libertário” deve ter o direito de invadir igrejas e “estourar a boca do balão” (podendo ali pichar a arte sacra, urinar no cálice sagrado, defecar na sacristia, escarrar na hóstia, quebrar imagens e até rasgar a batina do padre e deixá-lo nu), já que a ideologia comunista autoriza e admite como “normal” o processo de invasão de terras e propriedades privadas.

Então, ainda na cena imaginada, todos os rapazes da pastoral da juventude daquela paróquia decidem literalmente “dar sua vida pela santa Igreja” sem o menor ato de violência (ao contrário de Jesus que entrou no templo dando chicotadas), postando-se firmes como uma muralha humana em oração, tal como o exército de Israel juntou-se em coro para derrubar as muralhas de Jericó. E assim se passa a tal cena, ao mesmo tempo horripilante pela reverberação da maldade, mas ao mesmo tempo belíssima pela (com)provação prática da fé que encara o martírio cristão em pleno Século XXI (este ali vigorando em cima de lindas jovens seminuas e vencendo a tentação do sexo fácil, a qual Lúcifer sempre propõe, julgando-a como “a maior arma para derrotar jovens machos e homens decentes”).

Mas um detalhe não escapa de olhos espirituais bem atentos e maduros: a muralha humana de jovens entrelaçados em defesa da Igreja está – literalmente – obrigada e ficar em oração, seguindo o conselho de Cristo expresso no seu conselho de guerra: “vigiai e orai para que não entreis em tentação, e podereis escapar dos dardos inflamados do Maligno”.

Ora, ficar em oração e até em jejum em tempos de paz é uma coisa tranquila, talvez até fácil e comum. Ficar em oração incessante em tempos de “dor, sofrimento e hospital” também pode ser tido como coisa “normal” e até frequente, sobretudo entre crentes mais amadurecidos. Contudo e com efeito, nenhum protestante conseguiria fazer uma muralha humana firme forte como aquela, peitando mulheres jovens e nuas, na qual conseguisse pronunciar-se em oração constante (constante no sentido de não perder a concentração e o foco, falando bobagens e depois caindo em tentação), se ficasse a orar apenas orações espontâneas, do tipo que o Protestantismo ensina como verdadeira oração.

Noutras palavras, orações espontâneas têm o trágico defeito de não servirem para combates práticos contra ladainhas repetidas de zombarias e imprecações, misturadas aos gritos de palavras de ordens sucessivas e monotônicas, caindo fragorosamente no bloqueio sônico de quem gritar mais alto! Melhor dizendo, ou trocando tudo isso em miúdos, somente rezas pré impressas e decoradas de todo coração e repetidas a exaustão poderiam servir de anteparo para ladainhas infernais gritadas e berradas aos ouvidos do orante, e por isso os combatentes protestantes perderiam a guerra do grito para as gargantas usadas por Lúcifer! (Assista agora com atenção a uma das cenas imaginadas NESTE link e depois volte a este texto).

Reflita bem, agora que a cena real veio lhe esbofetear a cara: qual reza pré impressa MELHOR se adequa para enfrentar as batalhas de imprecações vociferadas contra a igreja cristã e contra o Cristianismo, ou simplesmente para obstaculizar as gritarias dos ativismos pseudo libertários do Comunismo e outros ismos satânicos? Qual reza pode servir de mantra ou hino de guerra nas batalhas de oratórias infernais que os cristãos enfrentarão na Grande Tribulação? Ora, só há uma resposta e ela se faz óbvia: é a reza chamada “Ave Maria”, não apenas por ser curta e fácil de decorar, mas por repetir verdades intoleráveis pelos demônios, que fogem dali com os ouvidos tapados de ódio e irritação, sobretudo quando a muralha humana resiste a tudo e se mantém firme, como o leitor pôde comprovar no vídeo sugerido.

Vejam que os rapazes da muralha humana repetiam firmes em espanhol (o caso se deu em terra de língua hispânica): “Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco! Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus! Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte, amém!”… Repita isso sem cessar e terá um hino de guerra imbatível, e sua mente se tornará uma muralha calcada na Rocha que é Jesus, fazendo fugir aos gritos os demônios destruidores de templos! (Veja agora a segunda cena real e comprove: o Catolicismo é mais forte e mais preparado para expulsar demônios, até porque a Igreja de Pedro foi, ao longo dos séculos, a igreja cristã mais combatida e mais invadida pelo pecado, e também a que mais vezes “treinou” o bom combate, justamente por ser a mais velha e por isso estudar melhor as experiências de combate contra o inimigo de Deus! Eis AQUI a segunda cena real)…

Finalmente, é claro que o presente artigo não será 100% agradável aos protestantes, sobretudo às suas inúmeras lideranças em conflito (a rigor, eles nunca se entendem!). Talvez alguns jovens protestantes ainda neófitos possam, usando apenas as suas próprias cabeças, perceber que, numa situação de guerra oratória contra ladainhas de demônios, rezar a “Ave Maria” seja uma espécie de “chave mágica” ou um “código secreto de exorcismos”, eficientíssimo em sua mensagem e adequadíssimo por seu tamanho “curto e grosso”, capaz de retumbar nos tímpanos infernais e fazer os diabos correrem aos gritos, pedindo a Jesus – ou à sua mãe – para entrar numa manada de porcos! Talvez, quem sabe, não seja a oração de Maria, a doce genitora que quer a união de todos os seus filhos, aquela que irá, afinal, trazer de volta os irmãos separados pelo inimigo… pelo menos enquanto durar a guerra!

 

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Conversando com um espírita da “Nova Era”…

Um de nossos correspondentes de crença espírita decidiu ignorar certas regras da convivência postuladas pelo Cristianismo bíblico e desnudou-se até deixar ver unhas e garras…

GEOMETRIA SAGRADA (Doravante GS):

GS – Suas palavras: “9a) QUEM é você para avaliar que um filho do Senhor não está apaziguado interiormente???” Eu, e qualquer psicólogo, depois de ler o teor de tudo o que voce escreveu nessas linhas, identifica o profundo rancor e desespero de ver sua fraca fé sendo questionada. Repare que NUNCA disse que Jesus não é o Ser elevado que andou na Terra e cumpriu uma ETAPA de sua maravilhosa missão. Só que, você é tão aferrado à sua Bíblia, que o cegou, e aposto que desconhece muitas coisas relativas à ela…… Por acaso você lê os livros da Bíblia no seu idioma original? Esses textos que você tem na mão hoje, antes de passarem para vários idiomas, foram traduzidos para o latim por “São” Jerônimo, o mesmo que declarou que “não havia traduzido todo o Evangelho de Marcos (que ele tinha no hebraico) porque havia matéria de perdição nele”… como se Jerônimo tivesse o discernimento de dizer o que valia ou não. Você sabe COMO foram escolhidos os livros que formam a Bíblia atual, no polêmico Concílio de Cartago em 419? Você sabe que a autoria da maioria dos livros da Bíblia é questionada até por Roma? E que Jesus morreu porque não seguiu o Judaísmo conforme os “Doutores” da Lei queriam? Nunca reparou que o Deus de Jesus não é Jeová dos Judeus? Não sabe que o Pentateuco, foi escrito por alguém que foi criado na religião “pagã” do Egito, ou seja, Moisés? E que ninguém explica como ele mesmo pôde escrever a respeito de sua própria morte? Você acredita que Jesus nasceu no ano 1 de nossa era? Quando a própria Bíblia diz que Herodes procurava Jesus já nascido, e Herodes morreu no ano 4 “antes de Cristo”? Você não sabe que Jesus conferiu iguais bênçãos a todos os apóstolos, e que existem hoje em dia, nove Sucessões Apostólicas válidas e iguais, não apenas a chamada de “Pedro de Roma”? Você não sabe que o Batismo e Eucaristia não são rituais criados por Jesus, e que ele apenas repetiu em forma aberta o que já era feito há séculos na Grécia Antiga e no Egito? Você já reparou que a genealogia de Jesus descrita por Lucas é diferente da descrita por Mateus? E você não atentou de que isso de genealogia, ao final, é sem sentido, já que o DOGMA diz que Jesus não é filho carnal de José? (o que é falso, pois se Jesus veio para “cumprir a Lei!”, ele não nasceria fora das regras da Natureza). Nunca reparou que o relato do Genesis é cheio de simbologia, e que a interpretação “ao pé da letra” leva a becos sem saída, tipo, que “Deus amaldiçoou a serpente a se arrastar”, não dizendo como ela se deslocava antes, se voava ou tinha patas? Você já notou que Jesus nunca pregou dogmas? E que Lívia, a esposa de Pilatos, era discípula de Jesus? E que Paulo, que nunca conheceu Jesus pessoalmente, foi o responsável por perpetuar nos escritos a discriminação da mulher que grassa até hoje na nossa cultura? Você acha digno de Cristãos terem condenado e queimado na fogueira centenas de pessoas que não concordavam com os dogmas de Roma? Por acaso Jesus mandou matar alguém “em nome dele?” Nunca pensou sobre o episódio que Jesus diz no Getsêmani “afasta de mim esse cálice”, quando os poucos que estavam perto, e que poderiam ser testemunhas disso, estavam dormindo? Quem contou isso para a história? O próprio Jesus? Você não sabe que “ressurreição” é diferente de “reencarnação” e que Jesus falava sim de reencarnação, mas que esse assunto foi tirado da Bíblia pelo Imperador Constantino? Jesus tinha seus Apóstolos, e a maioria era casada, coisa que entra em choque com a imposição de celibato na Tradição Católica e outras. Ainda teria muito para te perguntar, então, fica você com sua fé à sua moda, que eu fico com meu vínculo com Jesus, que eu não O confundo com O Cristo (que Jesus o chamou de “Filho do Homem”, título que poucos sabem o que significa) nem o confundo com Deus. Aliás, Deus é incognoscível, não é homem nem mulher, não é uma “personalidade”, está além de religiões e superstições, é imanente e transcendente, se manifesta no infinitamente grande como também no infinitamente pequeno. Não se “ira”, não se “agrada”, não manda matar seres humanos para que outros ocupem uma terra que os invasores acham que é deles por “direito divino”. Então, siga sua Bíblia, pois você é livre para escolher, e essa liberdade não foi “Deus que te deu”, mas sim, porque ela é uma essência de teu próprio espírito, que faz parte do Divino, como bem Jesus disse, que o “Reino dos Céus” não estava fora, nem em Templos, mas sim, dentro de cada um. Quando Jesus disse “Conhecereis a Verdade, e esta vos libertará” Ele não se referia ao conhecimento científico ou dogmas imposto a ferro e fogo, Ele se referia a saber “quem sou, de onde venho e para onde vou”, referia-se a Conhecer a Divindade interna de cada um. Sugestão: recolha-se e ore para apaziguar sua inquieta e estreita mente.

StudioJVS: Ah! Agora você se desnudou de vez! E isto é até comum, quando o Maligno se deixa levar por sua sanha de alcançar um novo orgasmo sádico no vampirismo anímico! Ele nunca dá descarga quando defeca! E quando dá, esquece de perfumar o banheiro! Enfim, ele nunca consegue agir sem deixar o rastro de sua catinga. Permita-me um parêntese: “Você viu a exposição no Santander? Viu a exposição no MAM? Ora, ali ele teve uma fome tão grande de antecipar uma autopresumida vitória sobre Cristo que lançou ao público uma agressão inaceitável contra a alma das crianças, e assim PERDEU TODO O SEU PÚBLICO, e agora tem o Brasil inteiro odiando a ideologia de gêneros!

– Você sacou essa?”. Falei isso apenas para lhe mostrar como o diabo não consegue se esconder por muito tempo (Fecho o parêntese).

– Não se preocupe. Suas inúmeras perguntas desta sua última resposta são TODAS do meu inteiro conhecimento! Todas, sem exceção, para seu governo. Deus informa seus filhos diletos com fluência e eloquência, e diz mesmo que “revelará TODAS as coisas quando O buscarmos de todo coração”. Sim, conheço todas… Mas conhecer não é o mesmo que concordar, pois ali no meio existem mentiras satânicas impressionantes, que agora impressionam até a mim (que conheço bem o Espiritismo) pelo grau de esquizofrenia a que chega uma alma que se devota ao Espiritismo! Também conheço inúmeros psiquiatras que atestam a quantidade de psicóticos irrecuperáveis nas grades dos nosocômios, advindos de sessões espíritas e outras práticas trevosas, desde que a Psiquiatria passou a registrar a origem mistagógica das loucuras de seus loucos. Pior: quanto mais um espírita estuda, mais perdido fica, pois seu “pai espiritual” jamais lhes revela a verdade COM AS CORES DA REVELAÇÃO DE DEUS, e sim, com a cor única da mixórdia dos anjos caídos, todos sábios mas 100% confusos. O próprio diabo, talvez único a ter visto a Verdade com as cores de Deus, mergulhou na escuridão voluntariamente, na esperança de convencer seus querubins menores a entrar de cabeça, quando nem isso conseguiu e então os obrigou ao sacrifício! Enfim, todo o caminho à sua volta é perigoso! Toda a Geometria Sagrada está com rachaduras, e talvez quebre em cima da privada infernal! (Desculpe a franqueza).

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Meu cristão favorito

Um Artigo extraordinário postado por “A Catequista” ensina os cristãos a entender melhor a divisão entre católicos e protestantes, bem como a enxergar em CS Lewis (e em outros bons crentes) o exemplo de discípulo de Cristo por quem o Senhor dedicou toda a sua missão a abençoá-los.

“Meu protestante favorito”: uma reflexão sobre os assim chamados “irmãos separados”…

Postado em A Catequista

Depois da animação “Meu Malvado Favorito”, bem que os católicos poderiam produzir um filme chamado “Meu protestante favorito”. Afinal, muitos de nós admiramos o testemunho cristão de ao menos um amigo, parente ou celebridade protestante (ainda que reconheçamos as graves lacunas de sua crença).

Tem uns sites católicos por aí dizendo que os protestantes não são nada além do que um bando de hereges completamente afastados da graça de Deus, e nem mesmo podem ser chamados de cristãos. Se você pensa assim, você está contra a doutrina católica, sim, amiguinho!

É preciso saber que:

  • a Igreja Católica reconhece como VÁLIDO o batismo ministrado em algumas comunidades protestantes (veja quais);
  • a encíclica Dominus Iesus afirma que os membros de outras religiões, ainda que de forma GRAVEMENTE deficitária, podem receber a graça de Deus – pois muitos não têm culpa de serem ignorantes quanto à verdadeira fé;
  • São Paulo ensina que até mesmo os pagãos, apesar de não terem tido contato com a lei de Deus, muitas vezes fazem o que a lei manda, quando são fiéis à sua consciência (Rom 2,13-15);
  • fora da Igreja não há salvação (já explicamos esse dogma aqui), e, junto a isso, também é verdade “para se obter a salvação, não se exige a incorporação real (reapse), como membro, à Igreja, mas é exigido, pelo menos, a adesão a esta pelo voto e o desejo (…). Se o homem sofre de ignorância invencível, Deus aceita um voto implícito, assim chamado porque contido naquela boa disposição da alma com a qual o homem quer a sua vontade conforme à vontade de Deus.” (Carta do Santo Ofício ao Arcebispo de Boston, 1949. Denzinger, 3866 -3872).

Diante de tudo isso, como é que se pode sustentar a ideia estapafúrdia de que os protestantes não são cristãos?

Nós católicos devemos saber conciliar a necessária luta contra a heresia protestante com o devido amor e respeito aos nossos irmãos separados. Até mesmo sabendo identificar as oportunidades de colaboração mútua em “questões sociais e técnicas, culturais e religiosas” (S. João Paulo II, Redemptoris Missio).Que a Deforma Protestante foi obra do capeta, isso nós temos que deixar claro (não foi reforma, foi deforma mesmo!). Ainda assim, algo de católico os protestantes conservaram – o Novo Testamento foi compilado pelos católicos, afinal (saiba mais aqui)! E é essa parcela de herança católica que Deus pode usar para realiza a Sua obra.

Aliás, nem todo protestante é herege, no sentido mais amplo do termo. Existe uma diferença entre crer em uma doutrina errada por ignorância invencível (heresia material), e entre rejeitar a verdade por puro orgulho, covardia e teimosia (heresia formal).

Nas comunidades protestantes, os pastores, bispos e apóstolos não possuem poder sacerdotal algum – pois não possuem sucessão apostólica. E, mesmo assim, muitos deles agem de reta consciência, buscando com sinceridade serem fiéis a Jesus.

Como bem observou nosso leitor Geraldo: “Uma coisa é o herege pai, fonte da heresia. Outra coisa são os membros das comunidades eclesiais herdeiras desse heresiarca (os batistas, os presbiterianos, assembleianos, etc.) que nasceram e cresceram nessa cultura sem nunca conhecer outra coisa E que, com aquilo que receberam (e que em grande parte é algo herdado do catolicismo de onde um dia se desmembraram) fazem o que podem, por vezes dando muito mais frutos que nós próprios que comemos à mesa do Pai”.Mas infelizmente, grande parte das denominações se afastaram de forma tão drástica do Evangelho, que já nem mesmo podem ser chamadas de cristãs: são paracristãs, ou seja, arremedos medonhos do cristianismo.

Como a igrejola do pastor que dá surra de terno…

 

 

 

 

 

 

 

As igrejas que abençoam uniões gay; a comunidade evangélica sul-africana que come capim durante o culto; a seita que promove a lipoaspiração Di Zizuiz para emagrecimento…

Enfim, o rol de aberrações é interminável! Algumas comunidades chegam até mesmo a negar a divindade de Jesus, como é o caso das Testemunhas de Jeová. Não é à toa que Lutero reconheceu a besteira que fez, ao ensinar que qualquer um pode interpretar a Bíblia (confira aqui).

Também muitos protestantes fazem uma escolha livre pela ignorância; nesse caso, o caminho da perdição é quase certo. Mesmo assim, o julgamento está nas mãos de Deus.

Então, se você tem um protestante favorito, seja legal. Tem muitas coisas que podemos fazer juntos. Mas, como canja da galinha não faz mal a ninguém, não dê chance pro Coisa-Ruim! Trate de trabalhar e rezar para trazer o amiguinho para a única Igreja que contém a plenitude dos meios de Salvação!

17/Abril/2017 – Publicado em Atitude Católica  por ESTE link.

NOSSO CRISTÃO FAVORITO

O Artigo acima é de uma qualidade extraordinária! É belo, coerente e majestoso, e por isso coube em uma de nossas postagens mensais, com algumas poucas “incisões” ou revisões, por assim dizer. Todavia, para não deixar a coluna de hoje muito cansativa, esta Escola entende que só nos resta esclarecer que CS Lewis não era protestante, no sentido estrito do termo, tal como o leitor pode conferir NESTE vídeo.

O problema reside muito mais na pobreza das línguas humanas que, com o passar do tempo, não têm nenhum poder para impedir que a preguiça mental e a ignorância técnica retire ou acrescente sentidos manipulados, para mais ou param menos, e assim as palavras vão caindo no vazio ou na mixórdia, culminando num futuro onde elas não servem mais para o propósito a que foram criadas, ou simplesmente obrigam a encerrar a discussão por absoluto desentendimento do que está sendo dito.

Exemplo disso são as palavras “cristão”, “espiritual”, “crente”, “evangélico”, “inspiração”, etc. São todas difíceis e “prostitutas” da linguagem, pois se amigam a bel prazer de quem quer que lhes pague melhor a utilização. O próprio CS Lewis se queixou disso várias vezes, sendo exemplo claro de sua indignação com este estado de coisas quando ele escreveu, no livro “Mere Christianity”, acerca da palavra “gentleman”. Diz ele que se era pra usar a palavra fora de seu sentido original, então o mais lógico seria inventar uma outra palavra, e não ficar “aprofundando” os sentidos ou forçando a barra para exprimir coisas iguais com nomes diferentes, ou coisas diferentes com nomes iguais!

Pois bem. Aqui chegamos no artigo anterior. Seu sentido só pecou quando chamou o cristão CS Lewis de “protestante”, no sentido comum ou “denominacional” do termo. Lewis só pode ser encarado como “protestante” no sentido de não se congregar “cadastralmente” numa paróquia Católica Romana, e isto basta. Porém Lewis era um “protestante”, tanto no sentido de ter sido um dos cristãos que mais protestou contra o pecado no mundo e no homem (ao ponto de ter escrito um livro como “Perelandra”, onde um cadáver possuído pelo diabo é igual a um homem que em vida se entregou ao demônio), quanto no sentido de ter usufruído de toda a gloriosa liberdade dos filhos de Deus, escrevendo dezenas de livros com autoridade superior à dos papas católicos (que nunca chegaram onde Lewis chegou!).

Assim, chamar de Lewis de protestante não é a melhor maneira de explicar Lewis para o mundo, e muito menos para “batizar” um dos maiores gênios da história do Cristianismo, o qual poderia figurar como 13º apóstolo de Cristo sem a menor dúvida! O mais correto seria chamá-lo apenas de “cristão”, para ser mais lógico e coerente com sua história de vida.

Mas na verdade, Lewis era muito mais católico do que a maioria dos católicos comuns de nossa convivência social, porque a catolicidade dele não era aquela da mera frequência aos templos católicos, mas a sua adesão irrestrita às doutrinas católicas, embora nem sempre expressas publicamente. Sua congregação semanal e às vezes diária era à igreja anglicana, que nada mais é que uma igreja católica da Inglaterra, cuja separação com a Igreja de Roma se deu tão somente por causa de um erro católico infantil, a saber, querer proibir o casamento aos seus sacerdotes, no tal celibato obrigatório. Ora, celibato é como virgindade, preserva quem quer! Mas nem por isso Deus iria proibir que um homem bem casado, excelente pai de família, não pudesse ensinar a Bíblia e administrar os sacramentos! Foi aqui que se deu a ruptura da Igreja da Inglaterra com a de Roma, e o erro romano persiste ainda hoje!

Logo, para sermos precisos e bem técnicos, o certo é chamar CS Lewis de católico, pois ser católico é antes de tudo PROFESSAR A DOUTRINA CATÓLICA, e esta Lewis professava em alto e bom som, como atestou o vídeo que recomendamos acima. Era isto o que tínhamos a concluir após a leitura deste excelente artigo pelo site “O Catequista”. Que ele sirva de orientação para que os católicos respeitem Lewis como católico, e para que os protestantes conheçam o coração católico de Lewis, e não mais o incluam em sua membresia de consciência tão medíocre.

 

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Pensamento preciso de Jung explica a perdição tal como Lewis

Alicerçado em sua experiência teórica e prática clínica, além de deduzida de sua inteligência ímpar, Carl Gustav Jung chegou ao máximo da iluminação numa frase que bem poderia ter saído da mente de CS Lewis

Introdução

A profundidade até onde desceu a mente de Jung, ou antes, a altura até onde se elevou, com toda certeza retumbou nos mais altos céus dos sete céus de que falava o apóstolo Paulo, para dizer o mínimo. Tão precisa e tão acurada dedução, numa conclusão típica da maturidade espiritual mais qualificada, só poderia vir de um homem dedicado ao estudo profundo da mente humana, com uma mente tão forte e vitoriosa que foi capaz de vencer o longo tempo em que foi “discípulo” de Freud e ouviu tantas “loucuras” de cérebros aferrados ao ateísmo e ao hedonismo.

Aliás, existe mesmo esta estranha história neste planeta: cérebros que foram submetidos às mais negativas experiências manipulatórias, em comparação com cérebros nunca dantes “treinados” no bom combate direto com o inimigo, terminam produzindo mais frutos para Deus, a trinta, a sessenta e a cem por um! Isto nos obriga à conclusão de que os mártires cristãos, e todos aqueles que sofreram horrores, seja neste mundo ou no mundo porvir, serão sem dúvida as almas que o Livro do Apocalipse aponta como “aqueles que lavaram as suas vestiduras no sangue do Cordeiro”, como exemplos vivos da mais fina flor da “elite celestial”, por assim dizer.

Jung certamente não foi um mero psicólogo (no sentido de estudioso da mente) e muito menos um psiquiatra comum, no sentido de um simples médico de cérebros. Porquanto é de muitas décadas a desconfiança de que, dadas as inúmeras provas colhidas no cotidiano dos consultórios, quem quer que trabalhe com a loucura alheia não pode escapar dos riscos de ultrapassar a finíssima teia que separa a sanidade da insanidade, e é por isso que tantos psiquiatras acabam suas vidas em suicídios, tratamentos psiquiátricos ou manicômios!

Neste caso, somos levados por Deus a acreditar que, além de todas as realidades temporais, somente o próprio Criador poderia ter ajudado Jung a ter ido tão fundo e não ter perdido os “neurônios da sanidade”, e mais ainda, a ter extraído de suas vivências e raciocínios, a pérola preciosa que vamos estudar agora. Que Deus nos permita também ver tão longe. Vejamos.

Veja o leitor como a certeza da existência da Evolução estava presente na consciência de Jung, mesmo numa época em que a Teoria de Darwin mal tinha sido levada a sério, nem mesmo por biólogos e antropólogos. Entretanto, sem a visão clara da Evolução, o leitor não entenderá de modo algum este Artigo, e muito menos Jung.

Dividiremos a frase de Jung em partes, assim indicadas:

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SEMANA LEWIS: “Lewis veio visitar-me” (quanta honra!)

Na madrugada do dia 10 de abril de 2017, ele veio a mim em sonho, mas em um sonho tão vívido e lúcido que pude resgatar algumas memórias “divulgáveis” e explicá-las para alguns leitores.

O próprio fato de Deus permitir um sonho desses, e a data e a circunstância em que ocorreu, devem servir de impulso para o leitor empreender uma espécie de “iniciação aos mistérios lewisianos”, por assim dizer, aos quais este articulista vem se dedicando desde 1965, quando pela primeira vez travou contato com o autor cristão mais extraordinário de toda a História pós Cristo. Além deste ponto, também é preciso deixar claro que este articulista nunca foi chegado a tomada de decisões com base em sonhos, e muito menos aceitou como autoridades aqueles que profetizam por sinais oníricos resgatados ao amanhecer (apesar de a Bíblia registrar e apoiar “profetas oníricos” a serviço do Senhor, sobretudo no Velho Testamento).

Outrossim, é preciso correr para avisar ao leitor que a experiência de ontem não teve nada a ver com a experiência de JB Phillips, na qual Lewis, poucos meses após a sua morte física (e pouco menos de dois anos antes de eu vir a conhecê-lo por meio do pastor Burton DeWolfe Davis), apareceu para Phillips em carne e osso, em corpo “sólido” [para entender corpo “sólido” será preciso ler o livro “O Grande Abismo”], e ali, em plena sala iluminada da casa onde Phillips estava, discorreu para este acerca da forma exata com que o Evangelho do Reino precisa ser pregado ao mundo inteiro, o que para nós inaugura neste Planeta o início do que chamamos “Lewisianismo” – conheça o relato de J.B. Phillips NESTE link.

Assim sendo, e guardadas as devidas proporções de espiritualidade entre este articulista e o mestre Phillips, apresso-me também para dizer que a aparição de Lewis no final de 1963 (e outra em fevereiro ou março de 1964) terá sempre o sagrado vínculo da verdade defendida por Jack (nome que o próprio Lewis se deu), e por isso eu mesmo tenho muito mais confiança no relato de Phillips do que no meu sonho, até porque em 1964 havia muito mais razões para Lewis ir até àquele reverendíssimo pregador, clérigo e escritor, ao passo que a atual derrocada de todas as instituições humanas, inclusive das igrejas cristãs, deixa o cenário completamente obscuro ou sem qualquer esperança, por assim dizer, exceto aquela que o Cordeiro de Deus prometeu realizar com sua volta a este planeta.

Por tudo isso, a estranha ocorrência de ontem à noite inquietou-me bastante, mesmo tendo me dado a alegria infinda de ver “meu Jack” tão de perto e tão saudável (sem qualquer cheiro de cigarro, rssss), com sua inesquecível fisionomia a iluminar meu quarto e minha saudade do futuro! Nem posso dizer quanto tempo o sonho durou… E agora que começo a descrevê-lo ou narrá-lo, vejo muito pouco espaço para uma aventura tão grande, e muito pouco tempo para uma conversa tão detalhista, que chego a admitir que o tempo de Deus, que rege a “dimensão” onde Lewis se encontra, penetrou em minha mente e me permitiu em poucas horas descobrir o que no Paraíso pode durar dezenas de anos terrestres.

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SEMANA LEWIS: “Se CS Lewis não entrar em sua Bíblia…”

“Se CS Lewis não entrar em sua Bíblia, nada que sair dela lhe será útil”. Com esta máxima irrevogável, esta Escola defende uma diferença qualitativa no Cristianismo Autêntico de Lewis acima de todos os outros “cristianismos”…

Na Semana Lewis 2017, esta Escola volta a enfatizar a CENTRALIDADE da “Teologia Lewisiana” para não apenas salvar o Cristianismo em si, ou salvá-lo da “charopada água com açúcar” que a chamada “igreja evangélica” lhe impôs, mas também para iluminar o Caminho da Salvação para todas as almas humanas, cujas vidas estão correndo vários riscos, tais como: cair na exposição reducionista do Protestantismo; cair no desvio diabólico da doutrina Testemunha de Jeová; cair na confusão trágica do Mormonismo; cair no engano DE$A$TRO$O da Teologia da Prosperidade; enfim, de todas as desgraças que nasceram após a loucura de Lutero e seus “irresponsáveis seguidores”.

E mais, existe uma razão clara e extraordinária para colocar a Teologia Lewisiana na CENTRALIDADE de uma “nova reforma” no Cristianismo, a saber, porque CS Lewis é um autor muito benquisto pelos protestantes, muito amado pelos evangélicos (sobretudo crianças e jovens), muito estudado nos seminários teológicos deles (muitos professores dali até defendem a ideia de que Lewis “era um protestante” – veja explicação sobre isso NESTE link) e muito lido nas escolas dominicais, pelo menos nas escolas que ainda zelam pela qualidade espiritual de seus ministérios e nas igrejas onde seus pastores não são bitolados…

Ora; este fato, esta admiração e até “veneração” à pessoa e inteligência de Lewis, constitui a ferramenta mais decisiva para iniciar e alavancar uma nova Reforma, e nós da EAT acreditamos que foi o próprio Deus quem “arquitetou” todo este plano, a saber, que justamente um homem “tido por protestante” um dia fosse o instrumento, a alavanca, a passagem e até o antídoto da heresia, na “ironia” bem peculiar das estratégias de Deus – descritas por Lewis e pela Sagrada Escritura – de usar gente do próprio meio para destruir as obras das trevas (por exemplo: Há quem tenha visto em Judas Iscariotes a maior ferramenta de Deus para mostrar aos demais apóstolos o quanto o inimigo é capaz de imiscuir-se na igreja do Senhor, e mais ainda, a obrigá-los à humildade, na lembrança de que “quem está de pé pode cair a qualquer momento”, como Judas caiu – I Coríntios 10,12).

Neste caso, na exata acepção da verdade presente das vergonhosas heranças de Lutero na pós modernidade (heranças como as igrejas da Teologia da Prosperidade) e no desvio de verdades fundamentais da Revelação negligenciadas pelo grosso das igrejas evangélicas, Lewis então desponta como a única e última luz no fim do túnel do engano, como única mente capaz de clarear e “traduzir” a vontade de Deus e o plano de Deus para a salvação da Humanidade.

Com efeito, se você leitor for um cristão mediano, ou for um católico leviano, ou for um protestante lewisiano (porque gosta de CS Lewis), então é para você que este artigo foi escrito, e somente você poderá fazer bom uso das informações aqui repassadas, na hipótese de já ter alcançado humildade suficiente para admitir que Lewis enxergou mais longe do que todo mundo, e que merece o nome de “décimo terceiro apóstolo” (veja figura seguinte), ou que ele é o único autor moderno do qual se poderia dizer que seus escritos mereceriam estar colocados lado a lado com os livros canônicos do Cristianismo. Prossigamos…

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Um invento que pode salvar milhões de pessoas*

Uma investigação mais acurada e um insight repentino podem ter descoberto um meio de salvar milhões de pessoas que viajam de avião. Aqui está o documento que detalha a descoberta.

“A visão aterradora de ter um pesadelo recorrente com quedas de aviões e a morte de centenas de pessoas parece ter sido, finalmente, substituída pela inefável visão da chegada do Corpo de Bombeiros ao local da queda, para recolher apenas os corpos dos tripulantes, encontrando vivos e sãos todos os que pagaram para voar”. Neste ponto do sonho uma pergunta explodiu em mim: “Por que não inventar um avião com 200 ‘Cockpits’ de Fórmula 1 para cada passageiro?”… Esta foi a pergunta que estremeceu na cama o articulista que vos escreve agora, e não consegui mais dormir até que consegui escrever o que se segue.

Até o dia da morte de Ayrton Senna (1º/maio/1994) eu me considerava um fã de corridas de Fórmula 1 (doravante F1), e nunca deixava de assistir, aos domingos, aquelas maravilhosas ultrapassagens e outros prodígios de pilotagem daquele saudoso piloto brasileiro, e a dor e a saudade daquele tempo provam o quanto de fato eu gostava de Senna e de sua fulgurante carreira, nas carreiras brilhantes que empreendia com os carros que dirigia. Aquele tempo, infeliz e finalmente, se foi, e a história tem provado que nenhum piloto atual – pelo menos brasileiro – chega aos pés de Senna, e pior, que não surgirá um novo Senna tão cedo, nem talvez em um século!

Todavia há uma coisa que a cada dia se mostra uma evidência mais decisiva em torno da morte de Ayrton, a saber: é a da contribuição que o seu doloroso acidente deu às pesquisas sobre segurança dos pilotos na F1, em relação à indestrutibilidade da cabine, ou pelo menos à sua impenetrabilidade, o que produziu os atuais cockpits praticamente indestrutíveis, garantindo a vida das “estrelas maiores” do arriscado espetáculo da F1.

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