Poesias

Poema incerto do amor correspondido

A Fugitiva Lilith

A Comadre Morsa

LAMENTO DO MORRO E DO MATO

Quase nada vejo aqui de baixo

Que não compense subir o monte

Para ver como as aves do céu…

Que voam para ver melhor e matar.

Quase nada vejo aqui de cima

Que não compense descer à fonte

Para ver como um cão farejador

Que usa olho e nariz para espiar.

Quase tudo vejo, enfoco, encaixo,

Quando mergulho num matagal,

Embora em cada pé seja tão cruel

Matando criaturinhas filhas da luz.

Quase tudo vejo pela fé que anima

Os circuitos de minha rede neuronal.

Quando saio da floresta como viajor

Talvez vendo muito menos de Jesus.

Choro por não enxergar em mim

Nada além de decepção renitente,

Sendo salvo apenas por ver assim.

Rio por enxergar em meu consciente

Jardineiro ocupado em meu jardim,

Pisando criaturinhas vis de mente.

2 respostas a Poesias

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