Semana Lewis 2019: A Segunda Vinda de Cristo

Artigo publicado na revista americana “His”, o qual compõe o último capítulo do livro “Palestras que impressionam”, posteriormente publicado com o título “Peso de glória”.

[ABRE ASPAS – com enxertos nossos]:

O regresso de Jesus à terra é considerado pelo apóstolo Paulo como a “bendita esperança” dos cristãos. Numa época em que o pessimismo e o juízo apocalíptico caracterizam a perspectiva dos cientistas numa extensão quase tão grande como a dos teólogos, ousamos afirmar diretamente, baseados na autoridade da Palavra de Deus, que aguardamos novos céus e nova terra enquanto esperamos pelo Senhor da Glória. A doutrina da segunda vinda (ou Parusia) não tem sentido se, pelo  que nos diz respeito, não nos fizer compreender que em qualquer momento do ano se pode aplicar devidamente à nossa vida a pergunta de Donne: “O que seria de nós, se esta fosse a última noite do mundo?”.

Por vezes, incomoda-nos essa idéia, acompanhada de profundo terror, o qual é incutido em nós  por aqueles que nem sempre se aproveitam devidamente dela. Não é justo, creio eu, pois estou longe de aceitar que se pense no temor religioso como algo desumano e degradante, a ponto de se optar por sua exclusão da vida espiritual. Sabemos que o amor, quando puro, não admite nenhuma espécie de  temor (I João 4,18). O mesmo já não sucede com a ignorância, o álcool, as paixões, a presunção e até a estupidez. Seria bom que todos alcançássemos aquele amor puro, em que o temor já não existe; mas não convinha que qualquer outro agente inferior pudesse bani-lo, enquanto não conseguíssemos chegar àquela perfeição.

Quanto a mim, é um caso diferente o argumento, que não raro surge, de que a idéia da segunda vinda de Cristo pode provocar um “terror contínuo nas almas”. Decerto não é fácil, pois o temor é uma emoção e, como tal, mesmo fisicamente, não pode manter-se por muito tempo. Pela  mesma razão, não é fácil admitir uma ânsia contínua de esperança na segunda vinda. O sentimento-crise é essencialmente transitório, já que os sentimentos vêm e vão, e só se pode fazer bom uso deles nesta altura. De forma alguma poderiam constituir o nosso alimento de todos os dias na vida espiritual. O que importa não é o terror (ou a esperança) que possamos ter em relação ao fim, ou a fuga desesperada que fazemos dele; o que é necessário é não esquecê-lo, tendo-o na medida certa e na devida conta.

Vejamos um exemplo. Uma pessoa normal, em seus setenta anos, não vai pensar (muito menos falar) na morte que se aproxima para ela; mas não procederá assim o avisado, o inteligente, embora os anos ainda não lhe preocupem. Seria loucura se aventurar em ideais baseados em esquemas que supõem mais uns vinte anos de vida; loucura seria não satisfazer a sua vontade. Ora, a morte está para cada indivíduo como a segunda vinda está para a humanidade inteira [é isto que a chegada de Nêmesis significa – Nêmesis já foi matéria de artigos nesta Escola e agora é matéria constante de vídeos publicados no Youtube pelo Canal StudioJVS].

Todos acreditamos, eu suponho, que o homem tem de desprender-se da sua vida individual, lembrando-se de que essa vida é breve, precária e provisória, e não abrindo o coração a nada que  possa findar com ela. O que os cristãos de hoje parecem esquecer com facilidade é que a vida de toda a humanidade neste mundo é também breve, precária e provisória. Qualquer “moralista” nos dirá que o triunfo pessoal de um atleta ou de uma dançarina é certamente provisório, mas o principal é lembrar que um império ou uma civilização são também transitórios. Sob o aspecto meramente mundano, todos os empreendimentos e triunfos nada significarão quando chegar o fim.

Estão de parabéns os cientistas e os teólogos num ponto em especial: a terra não será para sempre habitada [Nêmesis a tornará “a desolação do abominável”, conforme Mateus 24,15], tal como o livro “A última Batalha” deste autor mostrou. E o homem, por mais que viva, não deixa de ser mortal. Há apenas uma diferença: enquanto os cientistas esperam uma desagregação lenta, vinda do interior, nós a temos como uma interrupção rápida vinda do exterior, a qualquer momento. Será então a “última noite deste mundo”. [FECHA ASPAS].

Ao dizer: “Há apenas uma diferença: enquanto os cientistas esperam uma desagregação lenta, vinda do interior, nós a temos como uma interrupção rápida vinda do exterior, a qualquer momento”, Lewis acabou por ratificar e coroar de êxito a visão científica do fim do mundo… Porquanto a tal desagregação lenta (que a Ciência diz que durará ainda milhões de anos), já pode ser sentida hoje em dia, com o lento e inexorável efeito catastrófico sobre toda a meteorologia terrestre, de tal modo que nossa situação presente pode ser descrita como no livro de Hal Lindsey chamado “A agonia do grande planeta Terra”, onde ali caímos diante de uma longa e cansativa agonia…

Com efeito, os efeitos desastrosos da aproximação de um segundo sistema solar ao nosso Sistema (o que traz Nêmesis, estrela irmã binária de nosso Sol, anã marrom e magnética, quase 100% ferrosa e de terrível força gravitacional), já estão a bater à nossa porta, e até a data aproximada do grande terremoto do Apocalipse já pode ser aventada (meados de 2021) (Apocalipse 16,18). Este terremoto de proporções bíblicas irá rachar a terra em três partes, despertando a fúria dos supervulcões, e ali o Yellowstone explodirá, tornando a vida na superfície um verdadeiro inferno, terrível de sobreviver para quem não morrer antes. Tudo isso deixamos registrado em vídeo, e a seguir está a sugestão de alguns deles:

1) https://www.youtube.com/watch?v=hWW5WwWR8BQ

2) https://www.youtube.com/watch?v=Nuz3kH099tg

3) https://www.youtube.com/watch?v=1F5VhzvBn_4

4) https://www.youtube.com/watch?v=wJknsmS3RaA

5) https://www.youtube.com/watch?v=Urs7MwEwdOw

6) https://www.youtube.com/watch?v=5MyuzB1Wjw0

Finalmente, dada a farta “biblioteca e videoteca” à disposição de nossos alunos, amigos e visitantes, só temos a comungar da Alegria (“Joy”) de Lewis ao tratar do assunto ‘Parusia’, com seu coração consagrado e santificado pelo Senhor, no maior exemplo de seguimento a Cristo que um homem “moderno” poderia demonstrar. Neste mister, esta Escola já havia tratado com profundidade desta questão num artigo da última SEMANA LEWIS (2018) – confira aqui NESTE LINK – e por isso o presente artigo ficará muito bem representado no nosso site e nos últimos acontecimentos, pois aquele que nos prometeu revelar todas as coisas (Mateus 10,26) está, neste exato instante, cumprindo sua gloriosa promessa! Que viva Lewis para sempre!

 

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