SEMANA LEWIS 2023: Porque publicamos ideias que não aparecem na “letra” de Lewis

Esta é a mesma pergunta que os assim chamados “evangélicos” fazem quando vêem um católico romano falar de Purgatório, Eucaristia, Sacramentos, pastorais, paróquias, papado, etc. Porque todo esse pessoal foi levado pela loucura de Lutero a admitir como verdade apenas aquilo que aparece NA LETRA da Bíblia Sagrada, e não o que transparece racionalmente nas entrelinhas ou no sentido subliminar da Revelação. Loucos! Não percebem que ao castrarmos os sentidos subliminares estamos “podando” ou dilapidando a Revelação? Não atentam para o chamamento à lógica abstrata encontrada nos raciocínios dos próprios autores canônicos? Não se lembram dos versículos que dizem que “a Palavra de Deus não está amordaçada” e que ela “não volta vazia”? Ou que a própria se revela mais cortante do que faca de dois gumes, capaz de dividir tudo, tanto dentro quanto fora da mente humana? Enfim, é sempre o exame apressado ou superficial que leva uma alma a adotar para si apenas aquilo que ESTÁ ESCRITO NA LEI, e não no “espírito da lei”, como Paulo tentou explicar em II Coríntios 3,6 (para bom entendedor, Jesus disse “quem tem ouvidos de ouvir, que ouça”)…

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E por que estamos tratando disto aqui, na SEMANA LEWIS 2023? Ora; é porque alguns alunos se queixam de não encontrar na SEMANA LEWIS e até nos veículos de comunicação desta Escola, textos e matérias do próprio Lewis, e sim textos e ‘criações’ de um “biógrafo extra-oficial” de Jack, por assim dizer. Mas porém todavia contudo, a explicação é mais ou menos simples, e passamos a ela agora:

  1. Publicar o que já foi publicado por Lewis seria chover no molhado, e perderia toda a originalidade que sonhamos em dar ao site e blog de uma Escola Lewisiana;
  2. Basear nossos textos e comentários com base apenas naquilo que está visível nos livros de Lewis seria “pobre demais” para o padrão de espiritualidade que encontramos em Lewis e que sempre desejamos reproduzir aqui;
  3. Fugir ao lugar comum de todos os outros sites lewisianos, os quais, quando muito, comentam com certa profundidade aquilo que se pode ver NA LETRA dos livros de Lewis, como se se sentissem inseguros na gloriosa liberdade dos filhos de Deus e de Lewis, se e quando ousassem extrair dados concretos ou subentendidos em novas e presumíveis hermenêuticas lewisianas.

Exemplo de frase não encontrada nos livros de Lewis, mas inteiramente dentro do espírito Lewisiano.

Enfim, o que temos que fazer agora é APONTAR DIRETAMENTE para esta realidade, a saber, que nossos comentários e opiniões SÃO MESMO EXTRAÍDOS DOS LIVRES DE LEWIS, mas são assim executados com a fluência da imaginação de Jack e com a firmeza da Razão de Lewis, as quais foram, além de qualquer comparação, o cúmulo ou o supra-sumo do raciocínio humano evoluído, muito além de onde chegaram os macacos falantes do Reino Narniano de Deus.

Finalmente, as matérias que nossos leitores encontrarão aqui e no nosso Canal do Youtube SÃO MESMO um exercício de liberdade teológica extrema (dentro da infinitude da inteligência de Lewis), na qual não impedimos qualquer ave narniana de voar e não fugimos da chocante a aparentemente presunçosa revelação de nossa própria autoria ou co-autoria, com a mesma “licença poética” praticada por Lewis e com a mesma liberdade de interpretação que os escritores canônicos demonstraram nas linhas e entrelinhas da Palavra de Deus.

Para bom entendedor, um pingo é letra, uma letra é frase e uma frase é um livro.

João Valente.

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